Criado a partir de um movimento feminista nova-iorquino de 1909 - que lutava pela igualdade de direitos civis e em favor do voto feminino, entre outras conquistas sociais -, o Dia Internacional da Mulher é comemorado nesta segunda-feira (8) com uma programação para lá de especial nos cinemas, televisão e nos serviços de streaming.
Gravada há mais de dois anos - bem antes da pandemia da Covid-19 - a série feminista e feminina "Filhas de Eva", entra em cartaz na Globoplay a partir desta segunda. Inspirada em sucessos recentes da TV americana, como "Big Little Lies" e "This Is Us", a atração nacional faz um retrato intimista do cotidiano de três mulheres, Stella (Renata Sorrah), Lívia (Giovanna Antonelli) e Cléo (Vanessa Giácomo), em suas buscas de autoconhecimento e autoafirmação, tentando fugir de padrões que, de alguma forma, foram impostos a elas. Um tema profundo e delicado, propício para ser debatido atualmente.
A história remete a dramas existencialistas clássicos, típicos de autoras como Andrea Arnold ("Big Little Lies") e Jane Campion ("O Piano"). Durante a comemoração das bodas de 50 anos de casamento entre Stella e seu marido, Ademar (Cacá Amaral), a mãe de Lívia percebe que não quer mais continuar presa ao matrimônio, e decide pedir o divórcio para seguir, finalmente, ao encontro de seus sonhos. Inevitavelmente, a atitude fará com que sua filha repense a relação com o marido e com a própria família.
Em meio à crise familiar, também conhecemos os dilemas de Lívia, que sofre por não ter o controle da vida afetiva que idealizou, e Cléo, que, com sua baixa autoestima, precisa garantir teto e sobrevivência antes de pensar em qualquer realização pessoal.
Em entrevista publicada pelo GShow, Martha Mendonça, uma das autoras de "Filhas de Eva", resume a ciranda emocional em poucas palavras. "A série traz um relato dos rompimentos dos padrões de cada uma das personagens, a busca pela felicidade, pela liberdade e principalmente da solidariedade entre as mulheres, que é a sororidade. Gradualmente, elas vão se entendendo, e entendendo que precisam se ajudar, mesmo pensando de forma diferente”, acredita.
A Rede Globo também preparou um especial para o Dia Internacional da Mulher. Nesta segunda, logo após o "BBB 21", será exibido "Falas Femininas", atração que destaca trajetórias inspiradoras da mulher brasileira, provocando um debate sobre dilemas femininos da atualidade.
Em formato documental, a atração acompanha o dia a dia de cinco mulheres que representam o país em sua diversidade cultural, social, racial e religiosa.
Do Rio de Janeiro, vem a rapper e estudante universitária Carol Dall Farra; a auxiliar de enfermagem Cristiane Sueli de Oliveira e a diarista Sebastiana do Santos Oliveira, a Tina, moram em São Paulo; a ambulante Gleice Araújo Silva, conhecida como Ruana, é de Salvador; e, em São Raimundo Nonato, no Piauí, o "Falas Femininas" encontra Maria Sebastiana Torres da Silva. O especial promove um encontro entre elas nos estúdios de São Paulo, em um bate-papo mediado pela atriz Fabiana Karla.
Nos cinemas do Espírito Santo, estreia a aventura “Raya e o Último Dragão”, novo projeto da Disney que pretende fazer da protagonista sua nova (e destemida) heroína, ou seria princesa desbravadora?
A animação apresenta pitadas de esoterismo e promete aventura e mitologia sino-vietnamita na medida certa. A crítica americana adorou, dizendo tratar-se de um épico vibrante de ação e fantasia com uma mulher que se sente legitimamente revolucionária.
Ah, sim: como Moana e Elsa, Raya é uma princesa moderna, empoderada e batalhadora. Portanto, não espere ver príncipes encantados salvando mocinhas indefesas, mas sim mulheres modernas que lutam pelos seus objetivos.
A trama do filme dirigido por Don Hall e Carlos López Estrada se passa em um mundo de fantasia chamado Kumandra, onde humanos e dragões viviam juntos em harmonia até que uma força maligna obrigou os seres mitológicos se sacrificaram para salvar a humanidade. Cerca de 500 anos depois, Raya, uma guerreira independente, precisa encontrar o último dragão e acabar para sempre com as tais criaturas do mal que quase destruíram o planeta anteriormente.
Ícone da cultura pop, e um dos símbolos da expressão artística mexicana para o mundo, Frida Kahlo receberá uma homenagem do canal National Geographic no Dia Internacional da Mulher, com a estreia do documentário "Frida. Viva la Vida", nesta segunda-feira, a partir das 17h10.
Dirigido por Giovanni Troilo, a produção é uma jornada reveladora em busca de Frida pelo coração do México, com entrevistas exclusivas, documentos da época e um apanhado geral de suas obras, incluindo os autorretratos mais famosos e polêmicos - que incluem o que ela está com o marido Diego Rivera, "Las dos Fridas" (1939), "La columna rota" (1944) e "El venado herido" (1946).
No documentário, Frida usa sua arte para contar uma história de intensidades, seja com dor física, abortos espontâneos, a tragédia de amor e a traição com Diego Rivera e seu compromisso político-social com a população menos favorecida de seu país.
"Frida. Viva la Vida" também exibe fotografias, roupas e outros objetos pessoais da artista, que são mantidos no Museu Frida Kahlo e normalmente não são exibidos para o público. O doc conta com apresentação da talentosa cineasta Asia Argento.
A televisão aproveitou a data para exibir filmes que contam com mulheres como destaque. O STAR Life!, por exemplo, lançou o especial "Mulheres no Cinema", reunindo produções com grandes protagonistas femininas.
As exibições seguem até 12 de março. Na segunda (8) e terça (9), a partir das 18h45, a emissora transmite dois dos longas-metragens mais elogiados da programação: "Jogada Certa" (2010), um dos títulos preferidos dos fãs de Queen Latifah, e "Professor Marston e as Mulheres-Maravilhas" (2017), que mostra o polêmico triângulo amoroso entre Wiliam Marston (Luke Evans), inventor de Harvard e criador da personagem Mulher-Maravilha, Elizabeth Marston (Rebecca Hall), psicóloga e inventora, e Olive Byrne (Bella Heathcote), uma ex-aluna que virou acadêmica. Essa relação e os ideais feministas das duas mulheres foram essenciais para a criação da heroína da DC Comics.
E por falar em nossa amazona preferida, o Now, streaming da Claro TV, preparou para esta segunda-feira seu lançamento mais esperado de março: "Mulher Maravilha 1984", nova aventura de Diana Prince (Gal Gadot), dirigida por Patty Jenkins, que acabou de sair dos cinemas. Apesar da demora - já que plataformas como Apple TV, Google Play Filmes, Sky Play, Vivo Play, NET Now e UOL Play já contam com o filme desde janeiro -, o longa é uma ótima pedida para curtir com as amigas e família. Prepara e pipoca!
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