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Galeria Homero Massena recebe exposição que revisita obras do acervo

Galeria Homero Massena recebe exposição que revisita obras do acervo

"Reverso" será aberta à visitação na próxima terça-feira (26), no espaço que fica na Cidade Alta, no Centro de Vitória

Publicado em 24 de novembro de 2019 às 10:01

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Galeria Homero Massena recebe exposição ‘Reverso’ revisitando obras do acervo. (Divulgação/Secult)

Na próxima terça-feira (26), a Galeria Homero Massena (GHM) recebe a exposição "Reverso". Com curadoria da pesquisadora e conservadora Gilca Flores, a mostra remonta cinco instalações de arte do acervo da galeria.

“Reverso” traz o trabalho coletivo para a Galeria Homero Massena a fim de expor não somente as obras, mas também os processos necessários para que a exposição seja realizada. Segundo a curadora, o desafio foi montar uma exposição que consiga reunir os cinco trabalhos totalmente diferentes dentro do espaço expositivo, cada um com a sua autonomia e significado.

A seleção das instalações que compõe a mostra “Reverso” conta com obras que já foram expostas anteriormente no espaço expositivo da Galeria e que são chamados trabalhos complexos, ou seja, que requerem materiais e montagens específicas. A ideia é reconstruir e relembrar registros e documentos de quando essas obras foram expostas e atualizar suas possibilidades de serem reexpostas, sem que o sentido do trabalho sofra interferência.

“O acervo da Galeria está sendo constituído desde 1977. São 42 anos de construção de um pensamento que perpassa diversas linguagens, pesquisas e espacialidades”, afirma o coordenador da GHM Nicolas Soares.

Ele explica que a Galeria é um espaço voltado para a arte contemporânea: “Ela acompanha o processo de artistas tanto do Estado quanto de fora, e cria um panorama importante de como a arte moderna e contemporânea tem se encaminhado no Espírito Santo. Um acervo não é um espaço estanque, é um espaço de conhecimento em movimento e precisa negociar entre história, passado e as urgências da produção artística atual; uma diretriz importante da Galeria há anos.”

AS OBRAS

Partindo de um exercício do olhar e da relação espacial entre o corpo e o local expositivo, o artista João Carlos Souza se intitula escultor do ar. Em “Desvio do Espaço”, os nós que o artista interfere na corda, desviam a direção da linha e criam uma nova forma que faz do espaço a sua matéria.

A dupla Luciana Ohira e Sérgio Bonilha exercitam as relações espaciais e temporais que estabelecem em seus trabalhos. Juntos, eles terão duas instalações dentro de “Reverso”. Em “Ocupação mínimo-máximo do espaço” se evidenciam as relações de dependência entre o artista, obra e instituição e o percurso da obra no espaço e tempo do processo. Já a obra “Transposição e adensamento” questiona nossa capacidade de memorização diante de uma paisagem urbana em constante transformação e se materializa na parede a partir de um processo colaborativo entre artistas, instituição e público.

Em “Caranguejada”, os caranguejos feitos por Irineu Ribeiro remetem ao ecossistema do manguezal e a tradição ancestral do uso de argila e das paneleiras. Nas figuras completas e incompletas o artista expõe também seus processos de criação.

Marcelo Gandini investiga em “Projeteis” as vítimas fatais por uso de arma de fogo expondo seus nomes. O artista confere a subjetividade de indivíduos que os números estatísticos negam. Seu trabalho proporciona uma imersão e nos cobra uma reflexão sobre o tema da violência urbana.

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