O produtor de cinema Harvey Weinstein, 67, foi considerado culpado, nesta segunda-feira (24), por estupro e agressão sexual, mas absolvido de outras três acusações, duas delas sobre agressão sexual predatória, que poderiam levá-lo à prisão perpétua.
Ele será sentenciado em 11 de março e poderá enfrentar penas que variam de cinco a 25 anos de detenção pela condenação por agressão sexual. Já o segundo crime pelo qual Weinstein foi condenado prevê de liberdade condicional a quatro anos de prisão.
O julgamento levou seis semanas e os jurados levaram quatro dias para tomar uma decisão depois de ouvir seis mulheres que forneceram relatos de como ele, que por décadas foi uma das figuras mais poderosas da indústria cinematográfica americana, usou seu poder e influência para coagi-las a ter encontros sexuais não consensuais com ele. O caso foi considerado por muitos como um momento crucial no movimento #MeToo.
O júri condenou Weinstein por ato sexual criminoso em primeiro grau por praticar sexo oral à força em Miriam Haley, uma ex-assistente de produção, e por estupro de terceiro grau no caso da atriz Jessica Mann.
A promotora Joan Illuzzi-Orbon disse que Weinstein era o "mestre de seu universo", que tratava as mulheres em sua esfera de poder como "descartáveis" que não reclamavam quando eram "pisadas, cuspidas, desmoralizadas e estuprada e abusadas" pelo outrora poderoso magnata de Hollywood.
Os advogados de Weinstein tentaram convencer os jurados de que foram as mulheres que manipularam ele para ascender profissionalmente e que seus encontros sexuais com ele eram consensuais. Ainda tentaram desmoralizar os depoimentos das vítimas, questionando as mulheres sobre suas memórias, suas escolhas de vida, suas aparências e sua escolha de não denunciar sua agressão sexual à polícia.
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