> >
História da música do ES pode ser conhecida em curso gratuito na web

História da música do ES pode ser conhecida em curso gratuito na web

O jornalista José Roberto Santos Neves, que também é membro da Academia Espírito-Santense de Letras, vai falar da produção musical em terras capixabas desde o período colonial do Brasil até os tempos do smartphone

Publicado em 17 de setembro de 2020 às 05:00

Ícone - Tempo de Leitura 0min de leitura
O músico Maurício de Oliveira
O músico Maurício de Oliveira. (GILDO LOYOLA /ARQUIVO)

Pouca gente sabe, mas o primeiro registro de um personagem musical na história do Brasil foi marcado em Vila Velha, no Espírito Santo, quando a cidade ainda se chamava Vila do Espírito Santo, por volta de 1550. Na ocasião, a chegada de Francisco de Vacas ao Estado, vindo de Portugal, ocasionou em sua aposta artística no Brasil. E não é só essa curiosidade que o jornalista José Roberto Santos Neves vai abordar em curso virtual que ministrará nesta quinta (17) e sexta (18).

"O curso também vai lançar informação de movimentos que nasceram aqui. Bossa nova no Espírito Santo tem conexão direta de quando o ritmo explodiu no Rio de Janeiro, com Roberto Menescal e Nara Leão, que são capixabas. Cariê Lindenberg, também aqui do Estado, é outra referência. Ele fazia uma interlocução grande com figuras da música que eram seus amigos", completa.

O jornalista e escritor José Roberto Santos Neves
O jornalista e escritor José Roberto Santos Neves. (A GAZETA/ARQUIVO)

Nas duas aulas, que serão às 11h de cada dia, José Roberto vai tratar da história da música no Espírito Santo, no Brasil e a evolução dos gêneros ao longo da história. "Hoje em dia, por exemplo, vejo uma diversidade musical no Estado muito grande, além de um reconhecimento. Mas temos posicionamentos fortes de grupos de chorinho, samba, hip hop, música clássica, rock, MPB, jazz, blues, a própria música folclórica...", comemora.

Durante o bate-papo, que será transmitido pelo Facebook, YouTube e TV Educativa, o jornalista vai buscar complementar essa noção geral do panorama artístico capixaba com elementos que não só fizeram parte da trajetória como que compõem as atuais cenas musicais. Segundo José Roberto, o curso começa a narrar esses aspectos desde o período colonial "oferecendo uma perspectiva histórica de uma tradição musical que muitas vezes é desconhecida do público capixaba", em suas próprias palavras.

Para o entusiasta, não ter esse sentimento de pertencimento pode fazer a música não evoluir, senão circular. "Por não darmos real valor a essa memória, há sempre a impressão de que estamos 'inventando a roda'. Os próprios músicos que fazem a arte não conhecem a história. Eu acredito que, quando o movimento musical passar a olhar mais para a tradição que se criou, os próprios músicos vão romper um sentimento muito maior de pertencimento, orgulho, de fazer parte da história", conclui.

O músico Roberto Menescal
O músico Roberto Menescal. (ISABELA KASSOW/DIVULGAÇÃO)
Aspas de citação

Não sou favorável ao rótulo de música capixaba. Acho que a gente produz MPB produzida no Espírito Santo. Pode tocar André Prando na mesma rádio que toca um Zeca Baleiro, por exemplo

José Roberto Santos Neves
Jornalista
Aspas de citação
André Prando
O músico André Prando. (Mônica Zorzanelli)

As mídias de comunicação também têm papel importante na evolução musical, como aponta o pesquisador, que também destaca: "A Rádio Espírito Santo, fundada em 1940, tinha programa de auditório, apresentações ao vivo, os principais músicos passaram por lá. Maurício de Oliveira, Hélio Mendes...". Aspectos econômicos, sociais e comportamentais também serão abordados ao longo do curso.

SERVIÇO

Este vídeo pode te interessar

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta

A Gazeta integra o

The Trust Project
Saiba mais