Jefinho Faraó é um dos primeiros nomes do funk ao que se associa a história do gênero no Espírito Santo. Na década de 90, caiu na graça do público da periferia capixaba cantando em forma de protesto com canções como "Pastor Marginal". De lá para cá, emplacou músicas nas rádios e presenças em grandes eventos, abrindo shows como o de Ivete Sangalo e outros nomes da música popular. Neste sábado (29), a partir das 15h, o cantor sobe a um palco do Bonfim, em Vitória, para celebrar 25 anos de história numa live com muito funk retrô.
"Acho que eu resisti, acreditei no meu sonho... Me mantive bem ao longo dos anos e dei conforto para as pessoas que eu amo, para a minha família, por meio da música, da minha arte. E isso me fez muito feliz", comenta ele, em entrevista ao Divirta-se.
Durante o bate-papo, também atribuiu o sucesso que faz ao fato de muitos seguidores do funk sentirem falta da "raiz" do gênero musical. "O funk é mutante. Ele se transforma, as batidas se adaptam... E muita gente que gosta do funk não se adapta à rapidez dessas mudanças. O funk é um em um dia e vira outro em outro dia", reitera.
Serão duas horas de show com canções como "Faraó" - talvez o hit mais famoso do capixaba e que deu o nome ao artista -. "Lamentações", "Firme na Promessa de Deus" e "Borracha", da época em que ainda era dupla. "Sem Sol" (2020) e "Sei Que Você Gosta" (2020), seus mais recentes lançamentos já disponíveis nas plataformas digitais, também farão parte do repertório da "Tenda do Faraó", nome da live que apresentará as mais de duas décadas de carreira do cantor.
"Estamos preparando, em um grau bem alto, recordações para quem nos acompanhar. Vamos tocar sucessos antigos e vai ser uma live, também, dedicada aos anos 90. Terei a participação do Flavinho, que era minha dupla quando tudo começou, e da Morenna (ex-Solveris). Das experiências on-line que tive até hoje, o pessoal gostou bastante. É nostalgia pura", brinca.
A transmissão ao vivo também consagra o projeto em que o cantor se empenha atualmente. De acordo com ele próprio, a busca pelas versões clássicas do funk são tão grandes que ele decidiu lançar Faraó & Funk Retrô, só com releituras dos nascimentos dos grandes clássicos.
"A nova geração do funk também mudou muito. Quem acompanha desde o início, pode não acompanhar essa mudança toda. A galera da nova geração tem outra cabeça e que acompanha bem as demandas de hoje, a velocidade de hoje... Mas vamos seguir acreditando nos sonhos e apresentar o melhor para o público", conclui.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta