Um nome que não sai da boca do brasileiro neste início de ano é Jenifer. Sucesso nas paradas musicais, a canção de Gabriel Diniz, lançada em setembro, começou 2019 em ritmo intenso nas playlists de streaming e rádios de todo o país. Apesar do sucesso, algumas pessoas já dizem que o hit está enchendo o saco. As principais a reclamar: as próprias mulheres que têm o nome da música.
"É só eu me apresentar para alguém que a pessoa já começa a cantar", desabafa a instrutora de Zumba, Dhieneffer de Araújo, de 28 anos.
Mesmo não tendo a grafia do nome diferente da música, ela diz que todos os dias os amigos enviam uma piada diferente. Porém, até o momento, ela leva as brincadeiras com tranquilidade. "Eu levo numa boa porque as pessoas estão lembrando de mim. Então, por que não brincar?", fala a instrutora.
Mas essa situação não é novidade. Outros nomes como Milla, Raimunda, Juliana, Anna Júlia, Camilla, Silvia, entre outros já deram título a outras canções que ficaram no topo das paradas e, por vezes, tocadas até hoje em festas de fim de semana.
CAMILA
A universitária Camila Rosa, de 21 anos, sempre conviveu com as piadinhas que envolvem "Camila, Camila", de Nenhum de Nós. A música conta a história de uma moça que, supostamente, sofria de um relacionamento abusivo e o vocalista da banda, Thedy Corrêa, já chegou a admitir que a inspiração da canção foi real. Apesar de curtir o som, a homônima capixaba não se identifica com a letra.
"Acho que a maior parte das pessoas que têm os mesmos nomes de nomes de músicas ou que aparecem em músicas levam tudo na brincadeira", relata ela, que diz que nunca ficou incomodada com as "piadinhas". "Só me irritava um pouco quando a mesma pessoa ficava fazendo a mesma piadinha, porque aí fica cansativo", contrapõe.
Segundo ela, a família também entra na onda da zoação e não deixa barato: "Meu pai escolheu o nome, então tem todo um enredo com a família também (risos). Mas hoje em dia brincam muito menos. Atualmente, mesmo, acontece mais quando saio com meus amigos para algum lugar e eles pedem para a banda que está lá tocar essa música em minha homenagem", lembra.
Camila afirma que, para quem se incomoda com esse tipo de brincadeira, uma saída pode ser não se importar. "Quando você para de ligar, as pessoas não repetem mais os trocadilhos, porque perde a graça. Mas também se não for para levar na brincadeira, não vale a pena", avalia a estudante de Direito.
SAMARA
A estudante Samara Cassaro, de 17 anos, também não é das que se importam com as brincadeiras, desde que não exagerem na dose. "Quando fica repetindo muito, cansa. Mas aí você conversa com a pessoa, diz que não tá legal e espera-se que ela respeite", relata, completando o que disse Camila.
O hit de "Samara" estourou na voz de um clássico do forró do Cintura de Moda, grupo da Bahia do ritmo. A xará capixaba da musa inspiradora da banda acabou até se encantando mais pelo gênero musical depois de ter seu nome estampado nas paradas de sucesso. "Eu não me identifico em nada com a Samara da música (risos). Mas eu até comecei a escutar mais forró por causa disso", relata.
Segundo a estudante, que teve o nome escolhido pelo pai e pela mãe em conjunto, ela mesma hoje ajuda os amigos com os trocadilhos do nome. "A gente sai, eles pedem para tocar minha música, ou então quando vou me apresentar para alguém a pessoa já brinca comigo, mas acho legal, me divirto", conclui.
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