Um projeto que trata a compreensão da multiplicidade feminina, propõe a discussão de gênero e tensiona o entendimento do que é ser mulher na sociedade brasileira. Idealizado e produzido por pessoas pretas, "Erù-Iyá: Movimentos Antirracistas" será lançado no Museu Capixaba do Negro Verônica da Pas (Mucane), em Vitória, nesta sexta-feira (16).
Coordenado pela curadora-educadora Mara Pereira, a proposta traz à tona uma produção artística em perspectiva antirracista, em diversos formatos e narrativas e contará com uma exposição, um podcast, rodas de conversa e uma formação de professores.
A exposição conta com obras das artistas visuais capixabas Kika Carvalho e Castiel Vitorino Brasileiro e do artista carioca e Yhuri Cruz, que estarão presentes no evento de abertura. Além das obras, a exposição terá as vozes em relatos e leituras de convidadas de diversas áreas do conhecimento.
Quem for ao Mucane vai descobrir que Erù-Iyá foi pensado como um projeto de educação, que compreende uma exposição com obras de artistas visuais e 14 vozes ressoando no ambiente. O assunto? De acordo com Mara, as convidadas falam sobre questões que dizem respeito a ser mulher, “são diferentes sentidos de ser mulher preta”, enfatizou.
A exposição marcada por experiências sensoriais ficará aberta para visitação até 19 de setembro. As outras atividades acontecerão durante os meses de julho, agosto e setembro. As informações sobre o projeto estão disponíveis no Instagram @projetoeruiya.
A data de abertura das portas do museu neste mês foi proposital. É que no dia 25 de julho é celebrado o Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, data em que as mulheres negras, indígenas e de comunidades tradicionais refletem e fortalecem as organizações voltadas às mulheres negras e suas diversas lutas.
“É o 'Julho das Pretas', um mês onde comemoramos e celebramos nossa existência, nosso processo de criação, de produção e de resistência em uma sociedade que compreendemos, entendemos e experienciamos ela como uma sociedade patriarcal, racista, sexista, com todas as discriminações que atravessam os nossos corpos”, declarou.
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