O diretor, roteirista e produtor brasileiro Kleber Mendonça Filho será um dos nove membros do júri do Festival de Cannes deste ano, presidido pelo americano Spike Lee. Codiretor de "Bacurau", que há dois anos levou o prêmio do júri no evento francês, ele estará ao lado de outros dois homens e cinco mulheres, que se juntam a Lee.
O júri vai avaliar 24 filmes escolhidos para a competição principal. Entre eles, estão nomes consagrados do cinema autoral, como o italiano Nanni Moretti, vencedor da Palma de Ouro em 2001 com "O Quarto do Filho", que neste ano apresenta "Tre Piani"; o israelense Nadav Lapid, vencedor do Urso de Ouro no Festival de Berlim em 2019; além dos franceses Jacques Audiard, François Ozon e Bruno Dumont, do tailandês Apichatpong Weerasethakul e do iraniano Asghar Farhadi.
A seleção principal não incluiu filmes brasileiros na edição deste ano, que retoma o festival depois de um hiato de quase dois anos - a edição de 2020 foi cancelada por causa da pandemia do novo coronavírus. O Brasil aparece como coprodutor (com a RT Features, de Rodrigo Teixeira) do filme "Bergman Island", dirigido pela francesa Mia Hansen-Love.
Além de Spike Lee e Mendonça, o júri do festival, que acontece de 6 a 17 de julho, terá a diretora franco-senegalesa Mati Diop, que ganhou o Grande Prêmio de Cannes em 2019 com seu primeiro longa-metragem, "Atlantique". A obra também foi uma das pré-indicadas ao Oscar de Melhor Filme Internacional.
As outras integrantes da maioria feminina no júri são a cantora e compositora canadense Mylène Farmer, a atriz e diretora americana Maggie Gyllenhaal, a diretora e roteirista austríaca Jessica Hausner e a atriz e diretora francesa Mélanie Laurent. Os atores Tahar Rahim, da França, e Song Kang-ho, da Coreia do Sul, completam o corpo de jurados.
Durante o festival, o cearense Karim Aïnouz, diretor de "A Vida Invisível", terá seu documentário "O Marinheiro das Montanhas" exibido nas seções especiais.
Outra brasileira, a diretora Anita Rocha da Silveira, de "Mate-Me Por Favor", de 2015, foi selecionada para a Quinzena dos Realizadores, uma das mostras paralelas mais tradicionais de Cannes. Seu longa "Medusa" é seu primeiro filme em seis anos.
A mostra paralela também tem uma coprodução de Rodrigo Teixeira, ao lado do também brasileiro Lourenço Sant'Anna e do cineasta americano Martin Scorsese: "Murina", longa sobre uma adolescente que decide substituir o pai controlador por um de seus amigos abastados durante uma viagem pelo mar Adriático. A diretora é a croata Antoneta Alamat Kusijanovic.
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