Gigante do varejo, a Amazon foi questionada por causa de um livro à venda. O público fez barulho nas redes sociais com a descoberta de que "Anjos Proibidos", polêmica obra de 1991, estopim para que o autor da obra fosse indiciado por incentivo à pornografia infantil, estava disponível para compra.
Na obra, que reúne a produção fotográfica de Fábio Cabral, crianças e adolescentes são retratados nus. Após a repercussão, a Amazon retirou o livro do site e se manifestou publicamente.
"A Amazon agradece pelo alerta. Suspendemos o produto assim que fomos informados e estamos investigando", diz o comunicado da empresa.
"Anjos Proibidos" é uma coletânea de 25 retratos em preto e branco que tornou famoso o seu autor, o fotógrafo Fábio Cabral. As fotos são de crianças e adolescentes, com idade entre dez e 17 anos, seminus.
A edição de 500 exemplares chegou a ser apreendida na época do lançamento, e um processo criminal foi aberto.
O autor se defendeu e disse que não teve a intenção de escandalizar. O objetivo, segundo ele, era somente artístico. Em entrevista à Folha de S.Paulo, em 1995, ele disse que "a sensualidade da mulher começa a se revelar na adolescência e demonstrei esse fato pelas imagens".
Cabral nasceu em São Paulo e se radicou em Florianópolis depois do escândalo com "Anjos Proibidos". Ele se mudou para Nova York há alguns anos. O autor foi declarado inocente depois de dois anos e seu trabalho foi considerado de cunho artístico, mas o escândalo de repercussão nacional e internacional ainda é lembrado após quase 30 anos.
O fotógrafo tem outros livros publicados, como "Santa Catarina Coração Feminino" e "Filhos do Vento". Ele, que também é diretor de fotografia em cinema, se consagrou como fotógrafo de moda e também fez ensaios para a revista Playboy.
Com uma carreira voltada ao audiovisual, Cabral também realizou filmes -longas e curtas metragens, documentários e outros destinados à publicidade.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta