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Livro de Stephen King 'Cemitério Maldito' ganha novo filme

Livro de Stephen King "Cemitério Maldito" ganha novo filme

Um dos mais famosos livros do mestre do gênero Stephen King ganha adaptação que promete ser mais fiel à obra original.

Publicado em 7 de maio de 2019 às 22:50

Idealizado por Stephen King, “Pet Sematary” ou “Cemitério Maldito” foi um livro lançado em 1983 que, mesmo não fazendo tanto sucesso como obras como “It – A Coisa”, “Carrie, a Estranha” e “O Iluminado”, o ajudou a ganhar o título de “mestre do terror”. A obra ganhou duas adaptações, respectivamente em 1989 e 1992, ambas de qualidade questionável. Agora, em 2019, o livro ganha uma repaginada para as telas no longa homônimo que chega aos cinemas no dia 9 de maio, prometendo ser mais fiel à obra original.

“Cemitério Maldito”, o livro, conta a história de uma família que se muda para uma casa no interior (tema comum nos livros de King), sem saber que a propriedade é localizada nos arredores de um antigo cemitério amaldiçoado, usado para enterrar animais. Com o tempo, acontecimentos bizarros passam a acontecer, fazendo com que os integrantes da família passem a questionar os limites entre a vida e a morte.

“Cemitério Maldito”, o filme, é superior às duas adaptações originais da obra literária – recomendo a você, leitor, a ficar longe dos trailers, pois todas as peças de divulgação entregam mais do que deveriam. Entretanto, o longa não é perfeito. Durante os cerca de 100 minutos de duração, alguns erros e falhas transparecem, principalmente na primeira metade da obra.

ERROS E ACERTOS

A primeira metade sofre com um roteiro inconsistente, com diálogos rasos sobre vida, morte, religião e ceticismo. Sorte que os atores conseguem segurar o público até nas cenas mais vazias. Outro problema são os flashbacks sem propósito, que se repetem constantemente, mesmo sem ajudar no avanço da história e no desenvolvimento dos personagens.

Um ponto de cisão na história ocorre por volta dos 50 minutos de produção. Deste momento em diante, o roteiro fica mais apurado, a tensão e a urgência ficam latentes e todos os problemas até aí são relevados. Uma inquietação aguda fica constantemente no ar, envolvendo o espectador na tensão da trama. Esse desconforto é ampliado pela violência gráfica e “gore” (nojeira) usados na quantidade precisa, deixando o público praticamente sem piscar.

BOM TERROR

Os diretores Kevin Kölsch e Dennis Widmyer, do também terror “Starry Eyes” (2014), sabem trabalhar bem o silêncio e o vazio das cenas, e quando não se rendem a um susto repentino barato, criam sequências realmente assustadoras.

No fim, “Cemitério Maldito” se sai bem. Não é um novo clássico do terror moderno, nem um filme perfeito, mas com seu elenco esforçado – composto por Jason Clarke e John Lithgow – e uma metade final envolvente, acaba sendo bem melhor do que a maioria dos longas de terror que tem estreado por aí.

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