Quatro dos seis livros indicados neste ano ao prêmio Booker Internacional, um dos reconhecimentos literários mais prestigiosos do mundo, foram escritos por mulheres. O anúncio foi feito em Londres nesta quinta (2).
As autoras dominam pelo segundo ano consecutivo a lista de indicações ao troféu britânico, que contempla com £ 50 mil, cerca de R$ 326 mil, a melhor obra estrangeira traduzida para o inglês no último ano.
Entre as indicadas, estão a japonesa Yoko Ogawa por "The Memory Police", ou a polícia da memória, um livro de 1994 sobre uma ilha com governo autoritário que obriga a população a esquecer determinados itens do cotidiano, e a iraniana refugiada Shokoofeh Azar, com "The Enlightenment of the Greengage Tree", ou a iluminação da árvore de ameixas, que narra a fuga de uma família da Revolução Islâmica de 1979.
A América Latina está representada pela mexicana Fernanda Melchor, pelo suspense"Temporada de Huracanes", ou temporada de furacões, e pela argentina Gabriela Cabezón Cámara, que escreveu "Las Aventuras de la China Iron", releitura radical do poema clássico "Martín Fierro", do século 19.
Completam a lista o alemão Daniel Kehlmann, cujo livro "Tyll" foi um best-seller na Alemanha e está sendo adaptado pela Netflix, e o holandês Marieke Lucas Rijneveld, por "The Discomfort of Evening", ou o desconforto da noite, sobre os abalos do crescimento de uma menina numa família profundamente religiosa.
O anúncio do vencedor (ou vencedora) será em 19 de maio. No ano passado, a escritora Jokha Alharthi, do Omã, foi premiada; em 2018, a vencedora foi Olga Tokarczuk, polonesa que no ano seguinte foi consagrada com o prêmio Nobel de literatura.
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