A esquina da Avenida Jerônimo Monteiro com a Rua Barão de Monjardim, no Centro de Vitória, volta a ganhar vida na próxima quinta-feira (3). Na data, será reaberto o Museu de Arte do Espírito Santo - Dionísio del Santo (Maes) após quatro anos de reformas, com direito a solenidade e a presença do governador Renato Casagrande, às 16h.
A reabertura em meio a pandemia pode gerar um certo receio em alguns visitantes, mas o Governo do Estado garante a segurança dos apreciadores da arte. O evento de reabertura seguirá os protocolos sanitários e de distanciamento social por conta da Covid-19.
Já as visitas, poderão ser feitas seguindo as medidas sanitárias obrigatórias, como uso de máscaras e disponibilidade de álcool em gel. Vale ressaltar que o espaço comportará apenas 10 pessoas por rodada de visitas.
Para fazer passeios em grupo - entre cinco e dez pessoas - o agendamento de visitas é um protocolo obrigatório. Ele pode ser feito pelo e-mail [email protected] e dúvidas podem ser tiradas pelo telefone (27) 3132-8393.
O horário de funcionamento do MAES foi reduzido por conta da pandemia. O local estará de portas abertas de terça à sexta, das 10h às 16h. Sábados e domingos, as visitas acontecem das 12h às 16h.
Para a reabertura, o destaque ficará por conta da exposição Vix Estórias Capixabas, que trará obras de 23 artistas locais, nacionais e internacionais contemporâneos e que se relacionam com as obras de Eupídio Malaquias (1919-1999) e Dionísio Del Santo (1925-1999) esse último artista, inclusive, dá nome ao museu - em uma mescla entre o contemporâneo e o tradicional, ressaltando a história da cidade e do museu. A mostra fica em cartaz até março de 2021.
De acordo com o secretário de Estado da Cultura, Fabrício Noronha, "a proposta para o museu reaberto é uma maior integração com o Centro da cidade, seus moradores e fazedores da cultura, a partir da arte e para além dela. A exposição Vix celebra os 22 anos do Maes e vai contar com uma reunião muito interessante de artistas e um extenso programa de arte-educação, ampliando, assim, o alcance do conceito e dos debates da mostra", destaca.
Além do formato presencial, o MAES entrou na era digital. A exposição Vix Estórias Capixabas contará com uma vasta programação on-line, como ações de formação de professores, palestras e ciclo de encontros com artistas e pesquisadores, por via das redes sociais e ferramentas de videochamadas, com a criação de salas de conferência para os participantes. Haverá também um vídeo que apresentará, virtualmente, a exposição em que a Secretaria da Cultura (Secult) e o MAES irão transmitir em suas redes sociais, e pela TV Educativa (TVE).
O Maes é um espaço cultural do Estado que, de alguma maneira, tem que prover formas para alcançar todas as camadas sociais, nas mais diversas regiões do Estado, e a gente precisa pensar em todas as medidas alternativas de alcance. Por isso, a internet cumpre esse papel de forma parcial e vamos investir nesse formato igualmente para o registro como legado para estudantes e pesquisadores da arte. Sobre a parceria pela TVE, a nossa expectativa é que a transmissão do vídeo pela TV aberta chegue a um número maior de pessoas, enfatiza Ana Luiza Bringuente, diretora do MAES.
Para aperfeiçoar o espaço disponível do MAES e de adequá-lo às normas de acessibilidade, foi elaborado no ano de 2016 um projeto de reforma, que propõe garantir acessibilidade motora e adequação da Reserva Técnica, conforme padrões museológicos internacionais; ampliar a área expositiva permitindo uma maior flexibilização do espaço para comportar propostas diversas de exposições, além de criar espaços de convivência que se somam às exposições e ações educativas.
A proposta previu a abertura das janelas do museu para a cidade, considerando parte do projeto de implantação do museu, desenvolvido por Paulo Herkenhoff, em 1995. Sobre acessibilidade, o projeto previu também soluções para portadores de necessidades especiais, como banheiros, elevador e sinalização adequada, além de mobiliário adequado para a guarda do acervo, hoje com, aproximadamente, 600 obras. A reforma teve um investimento de R$ 2 milhões.
O museu passou por uma reestruturação no espaço expositivo, na reserva técnica onde fica acomodado o seu acervo. Esperamos que o Maes proporcione o estímulo à pesquisa, sem contar as ações dos projetos educativos que contemplem toda a sua diversidade, pois é um patrimônio feito para ser revisitado. A expectativa é que as ações do museu cheguem a todas as camadas sociais e que sociedade saiba que o museu pertença a elas. Temos o entendimento que a arte tem de ser para todos, afirmou Ana.
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