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Mariana Aydar marca presença no Festival de Verão Forró de Itaúnas

Mariana Aydar marca presença no Festival de Verão Forró de Itaúnas

Cantora paulista, que divide o palco com o Trio Dona Zefa, se apresentará no Réveillon da festa de Conceição da Barra. Festival começa no dia 27; confira a programação

Publicado em 23 de dezembro de 2019 às 15:00

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A cantora Mariana Aydar é uma das atrações do Festival de Verão de Itaúnas. (Divulgação)

Paulista de nascença, mas nortista de corpo e alma, Mariana Aydar (39) vive um momento ímpar na carreira. Cada vez mais próxima da cultura de raiz do povo brasileiro, a filha do músico Mario Manga, do grupo Premê, e da produtora Bia Aydar, que foi empresária de Gonzagão, comemora o lançamento de seu quinto álbum, “Veia Nordestina”. Já disponível nas plataformas digitais, as 12 faixas têm como protagonista o forró em todas as suas vertentes e estilos.

O ritmo que consagrou nomes como Luiz Gonzaga e Jackson do Pandeiro também é o responsável por trazer Mariana a terras capixabas. A intérprete é uma das atrações do Festival de Verão Forró de Itaúnas, que acontece de 27 de dezembro a 1º de janeiro, em Conceição da Barra

A cantora é uma das convidadas da apresentação do Trio Dona Zefa, marcada para a festa de Réveillon, no dia 31 de dezembroO evento traz, entre outras atrações imperdíveis para os fãs do bate-coxa, as presenças de Geraldo Azevedo,  Carol Sant’anna e Mestrinho.

Em bate-papo com o Divirta-se, Mariana Aydar falou sobre a experiência sensorial de se apresentar em Itaúnas. "É um símbolo do forró, um lugar mágico marcado pela paixão pela dança. É uma relação muito forte com a cultura de raiz", responde, em tom de admiração. Ainda durante a conversa, a artista falou sobre o novo disco, avaliou o atual estágio do forró (marcado por um forte teor mercadológico) e revelou sua versão de mulher empoderada.

Por falar em poder do feminino, o disco apresenta músicas que mostram a força e liberdade de escolha das mulheres, quebrando pensamentos machistas e patriarcais e elevando o empoderamento como um dos temas principais. Em "Triste, Louca ou Má", regravação da banda Francisco, El Hombre, Mariana escolheu Maria Gadú para dividir os vocais. Em "Condução",  por sua vez, a forrozeira canta sobre a mulher que conduz a "dança da vida". Abaixo, veja o clipe de "Triste, Louca ou Má" e  ouça "Condução". A seguir, veja trechos da entrevista.

Como é se apresentar em Itaúnas, uma vila com ares míticos para o forró?

  • Sou apaixonada pela cidade de Conceição da Barra. A primeira vez que estive em Itaúnas foi em 1997. Depois, em 2002, participei da segunda edição do Festival de Forró. Fazia parte da banda Caruá e acabamos ganhando a competição na época. Fiquei um tempo afastada da cidade, por uns três anos, mas o amor seguiu.  Agora, voltei a investir no forró e me reaproximei mais, pois vou a Itaúnas várias vezes por ano. Sempre fui fascinada pela dança que o forró impõe e isso é como uma isca para mim.   Lá é o lugar da dança, onde pessoas do mundo inteiro se encontram para dançar.  Gosto de me 'embriagar' nesse ritmo alucinante que só Itaúnas tem. Você não encontra isso em nenhum lugar do mundo.

Aspas de citação

Gosto de me 'embriagar' no ritmo alucinante da dança que só Itaúnas tem. Você não encontra isso em nenhum lugar do mundo.

Mariana Aydar
Cantora
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A música sempre esteve presente em sua vida. Seu pai é Mario Manga, do grupo Premê, e a mãe, Bia Aydar, empresária de Gonzagão. Essa influência ajudou em sua formação artística?

  • É uma influência eterna. Sou muito sortuda por ter uns pais do meio artístico. Minha mãe não tinha babá. Então, sempre ia com eles nos shows (risos). Via Luiz Gonzaga com muita curiosidade, desde criança. Foi por causa dele, do seu talento e carisma, que me apaixonei pelo forró. Era um homem muito generoso com todas as pessoas mais próximas.  Meu pai também é uma grande referência. Tinha como hábito ser muito profissional e tratava a música como prioridade. Isso foi o norte da minha carreira.

O ritmo pulsante e apaixonado de “Veia Nordestina” vem ganhando muitos elogios. Para você, qual os pontos fortes de seu novo disco?

  • "Veia" é um projeto muito especial. Foi pensando em formato de quatro EPs lançados distintamente que, juntos, formaram um álbum físico.  Além disso, lançamos uma série de minidocumenta?rios divididos em quatro episo?dios, sempre abordando temas ligados ao universo forrozeiro - os especiais foram dirigidos por Dellani Lima e Joaquim Castro, parceiro de Mariana na direc?a?o do documenta?rio "Dominguinhos" (2014).  Vejo o disco como uma forma de agradecimento a uma cultura que contribuiu muito para a minha formação como pessoa.

O disco será uma das bases de sua apresentação em Itaúnas?

  • Farei uma participação com o Trio Dona Zefa. Durante o show, serão apenas duas músicas de "Veia Nordestina". De resto, vamos abusar do forró pé-de-serra. Vou cantar, também, músicas que marcaram a minha trajetória, como "Te Faço um Cafuné".

Mariana Aydar, cantora. (Divulgação)

Como é dividir o palco com Dona Zefa, um grupo que tem um nome consolidado entre os forrozeiros?

  • É a primeira vez que nos apresentamos juntos. Acho um trio de muita representatividade no universo do forró. É um grupo que representa a força da nova geração do pé-de-serra. 

Como avalia o atual estágio do forró? A essência do ritmo foi perdida?

  • Nunca (risos). O ritmo agoniza, mas não morre.  Infelizmente, ainda vejo o forró como um elemento marginal na música brasileira. Nunca fomos os protagonistas, como o samba, por exemplo.  Espero que essa realidade mude, até porque o forró está se reinventando e ganhado força por meio da dança.   

Você já foi chamada pela imprensa de representante do forró Girl Power, até por conta de suas músicas que evocam o empoderamento feminino. As mulheres estão mostrando a sua força no ritmo?

  • Acredito que sim. O próprio "Veia Nordestina" foi pensado para colocar a visão da mulher como o epicentro desse estilo musical.  Acho que o forró ainda é um meio machista. Nas músicas antigas, por exemplo, a mulher sempre era mal vista, especialmente na companhia dos homens. Por isso, sempre que posso, uso a música para atualizar os temas femininos. A música "Condução" é um manual de libertação da mulher, um tratado de como o homem deve se portar com elas, seja na dança ou na vida. "Chilique" e "Se Pendura" também são faixas que abordam o empoderamento. 

FESTIVAL DE VERÃO FORRÓ DE ITAÚNAS

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  • Quando: De 27/12/19 a 01/01/20
  • Horário: A partir das 22h00
  • Ingressos: pacote para as 06 noites: R$ 260 (preço único) 
  • Ingressos Avulsos:
  • Dia 27 e 31: R$ 65
  • Dia 28 a 30 e dia 01/01: R$ 55  
  • À venda: Os bilhetes estão à venda pela internet  
  • Informações: (41) 99963-7407 

  • PROGRAMAÇÃO

  • Dia 27/12
  • ForroFiá
  • Geraldo Azevedo
  • Fogumano
  • Edson Duarte
  • DJ Fabrício Bravim 

  • Dia 28/12
  • Trio Dona Zefa
  • Janayna Pereira
  • Isaac do Acordeon
  • Furdunço - O Baile convida Carol Sant’anna
  • DJ Fabrício Bravim
      
  • Dia 29/12
  • Estopim
  • Trio Potiguá
  • Hermelinda
  • Duka Santos
  • DJ Fabrício Bravim convida DJ Vinny 

  • Dia 30/12
  • Trio Classe A
  • Diana do Sertão
  • Amargô
  • Mestrinho convida Amorosa
  • DJ Fabrício Bravim 

  • Dia 31/12
  • Grande Festa da Virada
  • Trio Dona Zefa convida Mariana Aydar
  • Trio Xamego
  • Trio Maracá
  • Convidados
  • DJ Fabrício Bravim convida DJ Vinny 

  • Dia 01/01/2020
  • Tâmara Terra
  • Diana do Sertão
  • Amargô
  • DJ Fabrício Bravim

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