O secretário especial da Cultura, Mário Frias, disse que um novo cargo será criado para a atriz e ex-secretária da pasta Regina Duarte a pedido do presidente Jair Bolsonaro, para cuidar da Cinemateca Brasileira. A instituição é responsável pela proteção da produção audiovisual do país.
"A Regina é um ícone que faz parte da nossa história, merece todo o respeito. É um pedido pessoal do presidente da República. Existe, sim, a possibilidade de ser criada uma secretaria para ela cuidar da Cinemateca e ela será tratada com toda dignidade que merece. Assim que o imbróglio jurídico se resolver, a Regina Duarte vai ter um lugar de destaque na Cinemateca", afirmou à Rádio Jovem Pan.
O secretário comentou sobre a atual situação jurídica da Cinemateca e disse que há um movimento forte para tentar resolver o impasse.
"A minha primeira ação como secretário foi fazer uma visita técnica. O contrato acabou em 2019 e não foi renovado. O acervo e os profissionais deveriam ser muito valorizados porque são profissionais únicos. Não tenho nenhuma dúvida de que aquele acervo é do povo brasileiro. Há um imbróglio jurídico a meu ver, lamento o fato de as pessoas não estarem pensando no acervo e no potencial que aquilo tem. Juridicamente a gente não pode intervir nesse momento enquanto não há uma solução. Há um movimento muito forte tanto meu quanto do ministro do Turismo Marcelo Álvaro Antônio. Temos um projeto emergencial para ajudar", disse.
E acrescentou: "Mandamos um corpo técnico para uma visita e avaliação de inventário, para averiguar as necessidades emergenciais. A nossa equipe foi impedida de entrar, fizemos um boletim de ocorrência porque não podem impedir, pois é patrimônio brasileiro e responsabilidade nossa cuidar. Hoje estou aguardando um parecer jurídico, com toda vontade do mundo de fazer o bem", ressaltou.
Questionado como está lidando com as críticas do meio artístico pela sua indicação para a pasta, Mário Frias disse não estar preocupado e que o objetivo é "falar menos e fazer mais". O secretário ainda acrescentou que estão sendo aprovadas medidas emergenciais e diversas linhas de crédito para ajudar a classe durante a pandemia do coronavírus.
"Sinceramente não estou preocupado com as críticas, estou muito disposto a trabalhar. Questionamentos sempre vão existir, é uma pasta com alguns problemas históricos. Primeiro a minha vontade é de ajudar, é um setor que precisa de ajuda, principalmente nesse momento de pandemia. O foco do presidente é que a Cultura tenha liberdade, que todo cidadão brasileiro tenha o apoio da Cultura."
"Acho que o momento é de ter paz e união para trabalhar, que a gente entenda que o país é de todos. Temos feito grandes movimentos, conseguimos agora uma linha de crédito interessante para o exibidor da sala de cinema. Existem algumas posições com as quais eu não comungo, mas isso também tem que ser deixado de lado pelo bem comum. Uma das coisas que o presidente me pediu é que a gente falasse pouco e trabalhasse muito e é isso que estamos fazendo", finalizou.
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