> >
Mosteiro de Ibiraçu terá escola de cerâmica para capacitar jovens

Mosteiro de Ibiraçu terá escola de cerâmica para capacitar jovens

Projeto quer formar 30 jovens em dois anos e pode ter parceria com as paneleiras do Estado

Publicado em 15 de março de 2018 às 19:08

Ícone - Tempo de Leitura 0min de leitura
Peças de cerâmica de Kimi Nii, que é coordenadora artística do projeto. (Reprodução/Kimi Nii)

Até o fim deste ano, o Mosteiro Zen Morro da Vargem, em Ibiraçu, terá um edifício que será exclusivamente destinado a uma escola de cerâmica. O projeto, que quer formar 30 alunos em dois anos, está em fase de estruturação e, até o fim das obras, o auditório do local será provisoriamente usado como centro de capacitação. 

De acordo com o abade do mosteiro, monge Daiju Bitti, os alunos terão renda e todos vão cooperar uns com os outros na divisão de lucros. "Nós queremos que, depois de formadas, essas pessoas busquem construir o seu próprio ateliê e comecem a produzir", comenta. Ele esclarece que essa produção pode ser independente ou pode até ser ligada à escola. "Pode ser que um dia a gente receba uma encomenda grande e precise de ajuda dos nossos próprios ex-alunos", completa.

> Leia mais notícias de Entretenimento

Para o monge, essa é uma forma de integrar esses indivíduos no mercado de trabalho - e com capacitação. Daiju pondera que anualmente, no mínimo, a renomada Kimi Nii, nascida em Hiroshima, no Japão, virá à escola para desenhar coleções. "Como se fosse de roupa", exemplifica. "E ela também vai inspecionar o trabalho que está sendo feito para manter a qualidade", conclui. Shoichi Yamada, como explica o monge, é outra referência em cerâmicas que também coordenará o projeto.

Serão peças como essas que os alunos irão produzir: 

Ele avalia que o material produzido será de altíssima qualidade. Dessa forma, pretende também disseminar a cultura da cerâmica no Espírito Santo. "Nós até queremos fazer um trabalho com as paneleiras, que já são símbolo do Estado. A cerâmica que vamos usar é especial, então as habilidades das paneleiras, o que elas possam vir a ensinar, nos pode ser útil", esclarece.

Segundo o monge, 20% da produção será para objetos de decoração e os outros 80% será de utilitários, como são classificadas as xícaras, pratos, bules, jarras e afins. "Também pretendemos fazer alguns cursos temporários. Para a pessoa que não é da área, mas também quer ter uma noção ou aprender algo diferente, teremos essa opção", afirma.

Este vídeo pode te interessar

O projeto é realizado pelo Mosteiro Zen Morro da Vargem e a obra é financiada pelo Instituto Sincades.

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta

A Gazeta integra o

The Trust Project
Saiba mais