Desde a última segunda-feira (14), o Museu Capixaba do Negro “Verônica da Pas” (Mucane), em Vitória, retomou suas atividades presenciais. A decisão foi tomada após a Capital ser classificada em risco moderado no 59º Mapa de Risco para transmissão do coronavírus.
Atualmente são oferecidas três oficinas aos alunos já matriculados na instituição: capoeira e violão (que acontecia em formato remoto); além de cavaquinho (com atividades iniciadas na segunda-feira). De acordo com a coordenadora do Mucane, Thaís Souto Amorim, assim como nos demais espaços culturais de Vitória, o retorno das atividades presenciais será com todos os cuidados e respeitando os protocolos contra a Covid-19.
Todos os alunos passam por aferição da temperatura, realizada logo na entrada, e devem permanecer de máscara durante toda a aula. Um totem de álcool em gel também foi instalado e os instrutores certificarão que haverá distanciamento, segundo a própria Prefeitura de Vitória (PMV). No caso da capoeira, por exemplo, a atividade é realizada na parte aberta do museu.
"Estamos seguindo rigorosamente todos os protocolos de segurança. Todas as nossas turmas estão limitadas a cinco alunos por atividade, e a utilização de máscaras e álcool em gel é obrigatória", disse Thaís.
Além das aulas tradicionais, o Mucane também retoma outras parcerias, como os ensaios do Coletivo Performances Itinerante, grupo formado por jovens negros de comunidades da capital, e a oficina de tamborim. Juliana Barcellos, instrutora da oficina de tamborim, explica que o intuito das aulas é a formação de ritmistas para o Carnaval de Vitória.
"Coloco à disposição da oficina toda a minha experiência de mais de 20 anos em percussão de escola de samba, todos eles dedicados à agremiação Unidos da Piedade. Além dessa bagagem, integro o Grupo Raízes da Piedade, que desenvolve atividades socioculturais nas comunidades do Centro de Vitória. A oficina abordará estudo de técnica, notação e percepção rítmica aplicada ao tamborim, exercícios de interdependência das mãos, frases, desenhos rítmicos, subidas e bossas e prática de arranjos para tamborim de grandes sambas dos carnavais de todos os tempos", detalhou a instrutora.
"O Museu Capixaba do Negro é um espaço de extrema importância para a história da cultura afro-brasileira dentro do território capixaba e, nos últimos quatro anos, é a residência do Coletivo de Performances Itinerante. Nesse lugar, desenvolvemos estudos, pesquisas, oficinas, montagem de espetáculos e rodas de debate cultural, onde buscamos enriquecimento, inovação, aprimoramento e a manutenção da nossa herança ancestral. O Mucane é a casa da história de um povo guerreiro, destemido e lutador", afirma o diretor artístico e bailarino do Coletivo, Jadson Titânio.
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