A pandemia do novo coronavírus e as questões sociais deverão influenciar as escolhas do Prêmio Nobel, cujos ganhadores deste ano serão divulgados na próxima semana. Para o de Literatura, que será conhecido no dia 8, a escritora caribenha Jamaica Kincaid, das ilhas Antígua e Barbuda, é apontada como uma das favoritas. Ela é conhecida por explorar o racismo, o colonialismo e as questões de gênero.
"Kincaid e suas posições sobre várias questões políticas e morais são absolutamente dignas de atenção hoje", disse Bjorn Wiman, editor de Cultura do maior jornal diário da Suécia, o Dagens Nyheter. No Brasil, o livro Lucy foi publicado pela Objetiva em 1994 e se encontra esgotado.
No entanto, a Academia Sueca também pode "tirar a poeira de alguns candidatos antigos", como o húngaro Peter Nadas, o albanês Ismail Kadaré ou o romeno Mircea Cartarescu.
Por sua vez, Madelaine Levy, crítica literária do jornal Svenska Dagbladet, disse que espera que a laureada seja a escritora americana Joan Didion.
A poetisa canadense Anne Carson também emergiu como uma vencedora potencial, junto com os "suspeitos de sempre" Ngugi wa Thiong do Quênia, o romancista francês Michel Houellebecq, as americanas Joyce Carol Oates e Marilynne Robinson, o israelense David Grossman e a canadense Margaret Atwood. Também desponta nas bolsas de apostas a escritora britânica Hilary Mantel, cujo nome geralmente não é lembrado para o Nobel.
Este ano, a tradicional cerimônia de premiação em Estocolmo, em dezembro, foi cancelada devido à pandemia e substituída por um programa de televisão no qual os vencedores receberão seus prêmios em seus países de origem.
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