Se está demorando para que a Casa da Memória e Museu Homero Massena, em Vila Velha, sejam restaurados, a licitação para pagar pelas obras nesses locais saiu de uma tacada só. Ao menos os comunicados de aviso licitatório para ambos espaços foram publicados nesta quarta-feira (23) no Diário Oficial do Espírito Santo (DIO-ES) e mesma publicação do município.
Na Casa da Memória, que está funcionando com exposição permanente e tem um anexo nos fundos que sedia o Instituto Histórico e Geográfico de Vila Velha (IHGVV), a estimativa da Prefeitura de Vila Velha é gastar pouco mais de R$ 400 mil. Já no Museu Homero Massena, interditado desde agosto de 2018, a expectativa é não passar da marca dos R$ 370 mil. Quem adianta os valores à A GAZETA é o próprio secretário de Cultura da cidade, Alvarito Mendes.
"Se tudo correr como estamos pensando", nas próprias palavras do titular da pasta, as obras devem iniciar ainda em 2019.
"O edital já está valendo e as propostas serão recebidas no dia 12 de novembro deste ano, para o Museu Homero Massena, e dia 13 de novembro, para a Casa da Memória. São dois aparelhos culturais muito importantes para o Espírito Santo que têm total potencial de abrigar projetos mais robustos", diz.
De acordo com Alvarito, as obras precisarão prever mudanças do teto ao chão, já que uma infiltração no telhado desses locais pode ocasionar em um grande problema estrutural. "Mesmo que estivessem em um estado de deterioração muito grande, esses espaços são muito ricos culturalmente. O Homero Massena tem pinturas nas paredes que o próprio artista fez. Então, serão obras para recuperar todas as edificações, mas também para prevenir nesse sentido", detalha.
Para o titular da Cultura de Vila Velha, a reabertura dos aparelhos culturais vai resultar em um incremento nas atividades que a cidade sedia. Segundo ele, alguns cômodos da Casa da Memória, por exemplo, até já abrigam exposições itinerantes. "Na Oktoberfest, que tivemos na Prainha recentemente, nós tivemos uma exposição sobre cultura alemã. Então, é isso que vamos apostar daqui para frente", fala.
Em agosto de 2018, A GAZETA noticiou a interdição do Museu Homero Massena, na Prainha, que partiu da Defesa Civil. Na ocasião, a reportagem destacou que a edificação não passava por uma manutenção há meses e mantê-la aberta significava colocar até a segurança dos visitantes em risco. As obras que ficavam expostas no local, segundo Alvarito, estão devidamente conservadas em uma sala cedida pelo Exército no 38º Batalhão de Infantaria, em Vila Velha.
"Nós queremos, depois das obras, fomentar o uso dos dois aparelhos culturais. Porque quando você acaba usando os espaços, eles se conservam melhor", defende.
À época em que foi interditado o museu, o então secretário de Esporte e Lazer - que respondia interinamente pela Cultura de Vila Velha -, Luiz Felipe Faria de Azevedo, disse que relatórios apontavam a deterioração avançada das estruturas do local. Além disso, também informou que esses móveis e quadros haviam sido submetidos a processos de restauro por uma equipe da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes).
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