Um homem foi preso no Rio de Janeiro por supostamente comercializar músicas inéditas de Renato Russo, líder da banda Legião Urbana. Policiais encontraram nesta segunda-feira, 26, relatórios que apontam a existência de músicas inéditas gravadas por Russo.
Agentes da Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Propriedade Imaterial (DRCPIM), da Polícia Civil do Rio, realizaram a Operação "Será?", referência a um dos grandes sucessos cantados por Russo, e que buscou identificar e localizar possíveis obras inéditas do cantor e compositor. Os agentes cumpriram mandados de busca e apreensão.
O principal alvo dos policiais foi um estúdio usado pelo cantor e compositor em seus últimos anos de vida. Lá, foram encontrados documentos que mostram a existência de pelo menos 30 canções inéditas deixadas pelo artista.
A ação é resultado de um ano de investigações que apontam que o proprietário desse estúdio de gravação estaria ocultando material inédito do artista. Foram apreendidos computadores e arquivos, que serão analisados.
As investigações tiveram início após a denúncia do filho do artista, Giuliano Manfredini, detentor dos direitos autorais do cantor e que encontrou na internet um perfil oferecendo as canções inéditas.
Renato Russo morreu em outubro de 1996, aos 36 anos, em complicações decorrentes da aids. Ele deixou algumas músicas gravadas, que foram aproveitadas pela gravadora para lançar o álbum póstumo, O Último Solo, em 1997. Em 2000, foi lançada uma coletânea com sua obra solo e mais duas músicas inéditas: as regravações de A Carta, de Erasmo Carlos, e A Cruz e a Espada, de Paulo Ricardo.
Segundo a Polícia Civil, o filho acredita, no entanto, que o pai teria gravado ainda mais músicas. A Delegacia, então, abriu uma investigação para descobrir se o proprietário do estúdio de gravação usado por Renato Russo estaria ocultando essas canções inéditas.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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