"Quando se sonha sozinho é apenas um sonho. Quando se sonha juntos é o começo da realidade". A frase é de Miguel de Cervantes, escritor que se consagrou definitivamente com "Dom Quixote", mesmo nome que acaba de ganhar um novo centro cultural da Prainha, em Vila Velha. Localizado na Av. Luciano das Neves, 226, o espaço, que já sediou um evento de reunião com a comunidade da região, deve começar a operar com programação fixa a partir do próximo mês, mas já está dando o que falar entre os artistas que buscam uma oportunidade de mostrar o próprio trabalho.
Idealizadora do Centro Cultural Dom Quixote, a administradora Flávia Elizabeth da Silva conta que via a necessidade de explorar o sítio histórico - que, só para registro, é dos mais importantes do Espírito Santo - de uma forma mais robusta. E, apesar de nunca ter trabalhado diretamente na área, ela ficou totalmente incentivada a mover os pauzinhos e comprar o projeto depois de ter tido uma resposta positiva dos moradores do local.
"Todos receberam a proposta muito bem, então decidi que iria em frente. Estou contando com a ajuda de um grupo, que também trabalha para a logística da casa, e no mês que vem já devemos funcionar até com programações fixas. Na reunião que fizemos com a comunidade, a manifestação foi superpositiva", diz. Ela quer todas as segundas sediar uma roda de samba e às terças e quintas, aulas de capoeira. "Minha expectativa é que a gente consiga construir toda a estrutura que pede o centro e comece a funcionar o quanto antes", completa.
A única coisa que ainda impede o pleno funcionamento do local é a situação física do espaço. "Ainda temos que construir banheiros na área externa, fazer algumas obras de recuperação e restauro na casa... Mas estamos no momento de finalizar parcerias com empresários e lojas de material de construção, por exemplo, para nos ajudar nesse processo", reitera.
Segundo Flávia, a inspiração para o centro nasceu de um sonho que ela sente que os moradores ali da Prainha têm em fomentar a produção cultural. "A nossa ideia, agora, é montar um calendário em que todos os dias a gente tenha mostras de artistas, eventos culturais, festivais de música... Além de servirmos como um reduto para novos artistas apresentarem seus trabalhos. Também queremos proporcionar aos turistas que vêm à cidade uma forma fácil de acesso à cultura local", corrobora.
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