Nanno V está fazendo o maior sucesso com "Te Levar", seu EP de estreia produzido por Bruno Martini. Desde o último dia 18 de junho até esta terça (23), ele já teve milhares de reproduções só no Spotify, e não é à toa: Juliano Viana, nome por trás do artista, é atual promessa da música pop no Brasil. "É pop, mas o mais importante é que a gente faz de tudo. E eu gosto de música", contrapõe ele, em entrevista ao Divirta-se.
O EP autoral conta com quatro faixas que, em sua maioria, falam de amor. A música de trabalho do lançamento leva o mesmo nome do disco.
"Te Levar", fala de relacionamento amoroso e desejos de um casal. Apesar de grande parte de suas criações transitarem nesse eixo, ele justifica a fonte de inspiração: "Vai muito do dia a dia. Às vezes to num dia triste e escrevo sobre aquilo ou sobre dar a volta por cima".
Logo nas primeiras batidas, a canção traz várias características musicais de uma mescla de bossa/samba com pop. Os gêneros da MPB estão, efetivamente, entre os ritmos que Nanno V gosta de "brincar", como ele confidencia à reportagem: "Essa entradinha do refrão, com pop e o samba, eu trouxe um pouco da infância. Cresci vendo meu irmão tocando na noite e ele era muito sambista. E minha família vem do samba", fala.
Antes de decidir lançar suas próprias criações, Nanno V já compunha para artistas famosos da cena musical brasileira. O jovem de 23 anos já chegou a produzir hits até para Melim e Pedro Sampaio.
Atualmente, o músico tem usado o tempo ocioso, isolado em meio à pandemia do novo coronavírus, para desenvolver novos projetos e promete "coisa boa", como ele mesmo diz, em breve para os fãs.
Durante o bate-papo, o artista também falou de parcerias na música, referências e projetos para o momento artístico no pós-pandemia.
A gente não pegou e decidiu fazer. A gente tava num processo bem legal, conheci o Bruno Martini por meio do pai dele, começamos a trocar umas ideias. Fizemos uma seleção de música que achamos que combinariam nesse sentido.
Sim, com certeza. Essa música foi feita há um tempo, num momento em que eu estava bem triste e com saudade do relacionamento, como se fosse uma segunda chance (risos).
Essa entradinha do refrão com pop e samba, ritmo que eu trouxe porque cresci vendo meu irmão tocando na noite, e ele era muito sambista. Minha família vem do samba, do lado paterno, e acho que tem essa levada por isso.
Acho que é um pop, mas a gente faz de tudo. E eu gosto de música. Com certeza, tive uma transformação que foi muito importante, que é a transição para o pop.
É uma mensagem de amor para o momento que estamos vivendo, de mais compaixão, empatia, que o mundo não volte ao jeito que ele era.
Tenho 23. Desde os meus 13 anos, eu estava sempre envolvido na música. O início foi no rap, com uma banda do meu irmão. Depois, montei um grupo para mim. Eu tinha uns 15 anos e comecei a lançar algumas músicas. A galera da região gostou muito, e assim foi indo.
Total. Sempre enchi o saco do meu pai para tocar com meu irmão e ele sempre falou para eu estudar. Ele sabia que eu gostava muito de música e abria espaço para sair para tocar com meu irmão.
Tenho escutado muito o Mac Miller como referência. Smino, que é uma outra levada, também... E Chorão, que tem uma grande referência na minha vida até como pessoa .
Eu acho que esse contato e trabalho com pessoas que já estão vivendo nisso há tempos ajuda muito. Essa galera me ajudou muito. No tempo que eu fiquei no Vidigal, aprendi muita coisa sobre composição, sobre como viver disso, o que fez total diferença na minha vida.
Vai muito do dia a dia. Às vezes, estou em um dia triste e escrevo sobre aquilo ou sobre dar a volta por cima. Às vezes faço um som muito para cima em um dia alegre.
Tenho singles para lançar depois do EP e muito conteúdo muito bacana.
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