Aparências nada mais/ Sustentaram nossas vidas/ Que apesar de mal vividas... Difícil achar um coração apaixonado que não sofreu com o (trágico) rompimento de um amor bandido ao som do hit "Aparências", de Márcio Greyck.
Se identificou? Pois agora prepare-se para curtir o clássico "cult-brega" na voz aveludada de Rachell Luz. A música oitentista até ganhou uma nova roupagem, uma pegada mais em tom de bolero.
A canção marcou a minha infância e adolescência. Agora, estou num momento de resgate de memória afetiva. Aparências casou perfeitamente com meu novo álbum, relata a cantora paulistana, em entrevista ao Divirta-se para falar do álbum Ao Nordeste do Meu Coração, disponível nas plataformas digitais.
O trabalho traz releituras de compositores como Nando Cordel, Fagner, Lenine, Gilberto Gil e Zé Ramalho. Outro destaque do projeto, Flor da Pele, conta com a participação de Zeca Baleiro, autor da canção que fez parte da trilha da novela global O Sétimo Guardião (2018), como tema de Luz (Marina Ruy Barbosa) e Gabriel (Bruno Gagliasso).
Rachell iniciou sua carreira aos aos 20 anos, quando foi convidada para ser vocalista da banda de forró universitário Forrueiros. Em 2011, partiu para os Estados Unidos a fim de buscar especialização e crescer na carreira.
Se formou em música na conceituada Berklee College of Music e gravou o primeiro disco autoral KeL (2016), que mesclava influências da música brasileira com o ritmo pop americano. A faixa Vou Enlouquecer, inclusive, foi gravada em Nova Iorque e contou com participação de Seu Jorge. Abaixo, confira trechos da entrevista com Rachell Luz.
Nasceu da necessidade de resgatar minhas memórias de infância, de cantar faixas que ouvia meu pai cantando, em nossos momentos de intimidade, principalmente em nossas viagens. Todo mundo tem uma canção marcante, pois a cultura musical do Brasil é muito rica. Resolvi atualizá-las, dialogando com a modernidade.
Sem dúvidas! São compositores que influenciaram muito a minha forma de escrever e que me impulsionaram como compositora. Curiosamente, não sou nordestina (risos), mas essa cultura popular de lá me fascina, principalmente por sua capacidade de comunicação direta com o povo.
A gravação de A Flor da Pele, em que dividimos o estúdio, foi muito emblemática. Nos conhecemos por meio do Tuco Marcondes, que é arranjador e coprodutor do disco, e Marco Camargo, o produtor. É bom receber esse carimbo de um nordestino. Dá a sensação de trabalho bem feito.
A ideia da nova roupagem sempre foi com o intuito de manter a essência da música, respeitando alguns elementos já presentes em sua raiz, mas, ao mesmo tempo, dar mais a cara da Rachell ao disco. Sou uma cantora com forte referência do pop. Meu primeiro disco (KeL) conta com sintetizadores misturados a percussão brasileira e traz faixas em português e inglês. Gosto muito de inventar! (risos) Acho que agora fizemos um disco mais clássico, mas com o meu jeito. Ah, sim: Gil e Se Eu Quiser Falar Com Deus marcaram tempos difíceis da minha vida, quando enfrentei problemas de saúde e consegui superá-los.
É uma canção minha, em parceria com o grande sambista Pretinho da Serrinha. A música fala basicamente de igualdade nos relacionamentos. Tudo de uma maneira positiva, afirmando que podemos ser felizes com respeito. O Brasil precisa muito disso ultimamente. Luz vai chegar às plataformas no dia 13 de dezembro.
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