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Rachell Luz louva a cultura popular em “Ao Nordeste do Meu Coração”

Rachell Luz louva a cultura popular em “Ao Nordeste do Meu Coração”

Disco da cantora, que conta com regravações de Gilberto Gil, Márcio Greyck, Fagner e Zé Ramalho já está disponível nas plataformas digitais.

Publicado em 5 de dezembro de 2019 às 18:22

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Rachell Luz, cantora. (Divulgação )

“Aparências nada mais/ Sustentaram nossas vidas/ Que apesar de mal vividas...” Difícil achar um coração apaixonado que não sofreu com o (trágico) rompimento de um amor bandido ao som do hit "Aparências", de Márcio Greyck.

Se identificou? Pois agora prepare-se para curtir o clássico "cult-brega" na voz aveludada de Rachell Luz. A música oitentista até ganhou uma nova roupagem, uma pegada mais em tom de bolero.

“A canção marcou a minha infância e adolescência. Agora, estou num momento de resgate de memória afetiva. ‘Aparências’ casou perfeitamente com meu novo álbum”, relata a cantora paulistana, em entrevista ao “Divirta-se” para falar do álbum “Ao Nordeste do Meu Coração”, disponível nas plataformas digitais.

O trabalho traz releituras de compositores como Nando Cordel, Fagner, Lenine, Gilberto Gil e Zé Ramalho. Outro destaque do projeto, “Flor da Pele”, conta com a participação de Zeca Baleiro, autor da canção que fez parte da trilha da novela global “O Sétimo Guardião” (2018), como tema de Luz (Marina Ruy Barbosa) e Gabriel (Bruno Gagliasso).

Rachell iniciou sua carreira aos aos 20 anos, quando foi convidada para ser vocalista da banda de forró universitário Forrueiros. Em 2011, partiu para os Estados Unidos a fim de buscar especialização e crescer na carreira.

Se formou em música na conceituada Berklee College of Music e gravou o primeiro disco autoral “KeL” (2016), que mesclava influências da música brasileira com o ritmo pop americano. A faixa “Vou Enlouquecer”, inclusive, foi gravada em Nova Iorque e contou com participação de Seu JorgeAbaixo, confira trechos da entrevista com Rachell Luz.

Como nasceu o conceito musical de “Ao Nordeste do Meu Coração”?

  • Nasceu da necessidade de resgatar minhas memórias de infância, de cantar faixas que ouvia meu pai cantando, em nossos momentos de intimidade, principalmente em nossas viagens. Todo mundo tem uma canção marcante, pois a cultura musical do Brasil é muito rica. Resolvi atualizá-las, dialogando com a modernidade.

Nando Cordel, Fagner, Lenine, Zé Ramalho... A  escolha do repertório confirma que você queria mesmo fazer uma grande homenagem aos nomes consagrados da cultura nordestina...

  • Sem dúvidas! São compositores que influenciaram muito a minha forma de escrever e que me impulsionaram como compositora. Curiosamente, não sou nordestina (risos), mas essa cultura popular de lá me fascina, principalmente por sua capacidade de comunicação direta com o povo.

Zeca Baleiro tem uma participação importante na concepção de “Ao Nordeste do Meu Coração”...

  • A gravação de “A Flor da Pele”, em que dividimos o estúdio, foi muito emblemática. Nos conhecemos por meio do Tuco Marcondes, que é arranjador e coprodutor do disco, e Marco Camargo, o produtor. É bom receber esse “carimbo” de um nordestino. Dá a sensação de trabalho bem feito.

"Se Eu Quiser Falar Com Deus” é uma das músicas mais expressivas de Gilberto Gil e também está no repertório de seu novo projeto. Você, inclusive, deu uma nova roupagem, um ar mais pop. Foi intencional?

  • A ideia da nova roupagem sempre foi com o intuito de manter a essência da música, respeitando alguns elementos já presentes em sua raiz, mas, ao mesmo tempo, dar mais a cara da Rachell ao disco. Sou uma cantora com forte referência do pop. Meu primeiro disco (“KeL”) conta com sintetizadores misturados a percussão brasileira e traz faixas em português e inglês. Gosto muito de inventar! (risos) Acho que agora fizemos um disco mais clássico, mas com o meu jeito. Ah, sim: Gil e ”Se Eu Quiser Falar Com Deus” marcaram tempos difíceis da minha vida, quando enfrentei problemas de saúde e consegui superá-los.

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Você está para lançar "Luz" nas próximas semanas. Já pode adiantar alguns detalhes?

  • É uma canção minha, em parceria com o grande sambista Pretinho da Serrinha. A música fala basicamente de igualdade nos relacionamentos. Tudo de uma maneira positiva, afirmando que podemos ser felizes com respeito. O Brasil precisa muito disso ultimamente. “Luz” vai chegar às plataformas no dia 13 de dezembro.

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