A Europa já conseguiu, na última semana, traçar planos de reabertura e, efetivamente, voltar com o funcionamento dentro do novo normal de museus espalhados em várias regiões. No universo do entretenimento, especialistas apontam que este será o primeiro aparelho cultural que poderá ter as atividades retomadas, já que o controle de visitantes é mais simples que o de um festival de música, por exemplo.
No Espírito Santo, a tendência deve ser a mesma, já que o próprio Museu de Arte do Espírito Santo (Maes), um dos mais importantes do Estado, já tem exposição pronta para quando puder reabrir data que a direção estima ser próximo a outubro deste ano, conforme adiantado à reportagem.
A gente espera que, se der tudo certo, outubro possa ser uma previsão. Mas tudo depende de 'N' variáveis, podendo (a exposição) não acontecer pela pandemia, lembra Ana Luiza Bringuente, atual diretora do Maes.
Essa primeira exposição, Vix Estórias Capixabas, como é chamada, inicia da inspiração de dois artistas que fazem parte do acervo do Maes: Dionísio del Santo e Elpídio Malaquias. Segundo Ana Luiza, são dois grandes nomes que terão obras expostas em diálogo com a arte de outros 23 artistas capixabas que também vão compor a vernissage nos salões do museu.
O projeto de retomada do museu acontece após obras de reforma que duraram mais de quatro anos, mesmo tempo em que o ambiente ficou interditado.
A nova diretora, que assumiu em novembro do ano passado, confidencia que os detalhes finais devem ser acabados dentro de dez dias a contar desta quinta (25). Dentre as maiores mudanças arquitetônicas do espaço, a iluminação natural pode ser a mais importante.
Destamparam-se as janelas e a luz natural entra no museu. O visitante, quando entrar, vai ver que essa configuração mudou bastante. E foi pensada para dar vida ao espaço. A luz natural entra de forma simbólica e poética para conversar entre a arquitetura do museu e o entorno dele, detalha.
Além das mudanças físicas, o museu também toca projeto para se digitalizar neste ano. De acordo com Ana Luiza, a exposição de estreia já é pensada de forma que esteja disponível on-line para os interessados que não podem ir até o museu. É o museu do Espírito Santo. Tenho que pensar em como expandir a exposição territorialmente para atingir o Estado todo, justifica.
Para ela, as investidas no ambiente digital que têm sido feitas em tempos de isolamento por pandemia do novo coronavírus são irreversíveis e a internet será um campo de trabalho importante para a arte daqui para frente.
Vamos ter que manter o físico e o virtual. Então pretendemos olhar com mais cuidado para o digital, pensando até em como transformar a internet em algo acessível a todos, explica, indicando que atividades extras que eram oferecidas no Maes, como oficinas e cursos, também devem migrar para plataforma na web.
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