Regina Duarte acaba de assumir o cargo de secretária Nacional da Cultura. Ela é a quarta titular a ocupar o posto desde o começo do governo de Jair Bolsonaro e, neste domingo (8) deu entrevista exclusiva ao repórter Ernesto Paglia, no "Fantástico", da Globo, para falar sobre desafios e planos à frente da pasta.
Após mais de 50 anos de carreira, ela por enquanto também não pensa em conciliar o trabalho público a projetos pessoais, como fazia o então ministro Gilberto Gil, que ocupava o posto e cantava: "Eu lembro do Gil, o Gil cantava", fala.
Durante o bate-papo, Regina tocou em um dos assuntos mais polêmicos que acompanha Bolsonaro, a Lei Rouanet, criada para patrocinar ações de arte e cultura do País com dinheiro público. "Acho que a Lei Rouanet precisa de ajustes, estamos pensando seriamente nisso. O bolo pode ser repartido em fatias mais justas para todo fazedor de arte, de cultura", defendeu Regina.
Pouco depois da afirmação, a atriz falou do ponto mais polêmico da entrevista. Ela disse que as minorias devem buscar patrocínio para se manifestarem o direito que têm do fazer artístico. "O dinheiro público deve ser usado de acordo com algumas diretrizes importantes. O governo governa para todos e todos estão livre para se expressar contanto que busquem seus patrocínios. Você não vai fazer filme para agradar minorias com dinheiro público. Todas (as minorias) têm espaços e devem buscar seus patrocínios", reiterou.
Aliás, estas primeiras análises, de acordo com a atriz, só devem começar a acontecer a partir desta segunda (9), quando Regina acredita que vai iniciar os trabalhos na pasta. Até agora, ela fala que precisou lidar com questões políticas às quais não estava acostumada. "Os primeiros dias foram de altos e baixos. Me senti muito viva, como há muito tempo não me sentia, mas, ao mesmo tempo, tive momentos angustiantes. De perceber que tinha que lidar com situações complicadas da política, coisa que nem passava pela minha cabeça", justificou.
Ela pretende começar o mandato com o pé direito. As instabilidades às que se refere são ao fato de exonerações que fez para montar sua própria equipe "em que confia", como ela mesma disse durante a entrevista ao programa da Globo, e daqui para frente quer tocar pautas positivas com seus aliados.
"Dá para fazer muita coisa. Temos muitas pautas positivas. Eu só lamento ter perdido tempo desfazendo intrigas que foram criadas, fake news... Começamos a trabalhar na semana que entra (nesta semana), porque até aqui estávamos ocupados com uma facção que quer que eu me perca", concluiu.
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