Os capixabas agora podem conhecer os ateliês e os processos criativos de artistas plásticos e visuais de Cariacica sem sair de casa. Desde a última terça-feira (26), o projeto ARtes Virtuais em Conversa" evidencia o talento de pintores, escultores, ceramistas, instaladores, fotógrafos e mestres do artesanato, apresentando o processo de produção nas redes sociais da prefeitura da cidade.
Assim, toda terça, a partir das 19h, as plataformas online acolherão vídeos onde o artista irá mostrar o seu trabalho, sua trajetória e detalhes de suas obras mais contundentes.
A artista plástica Elaine Sohelo estreou a série. Natural de São Paulo, ela já vive no Estado desde a década de 90 e atualmente se dedica à produção de esculturas, painéis, instalações e objetos. Ela também promove e ministra aulas de cerâmica e mosaico em espaço próprio e em projetos contemplados em leis de incentivo.
No vídeo, ela falou sobre a produção de mini máscaras do congo, um dos símbolos culturais do Espírito Santo. Ao longo da gravação, ela também explicou que as mini máscaras são produzidas em argila e mostrou, passo a passo, como confeciona o item decorativo.
"O projeto 'ARtes Virtuais em Conversa', em conjunto com o programa 'Cultura em Redes' e o 'FestiLives de Inverno', atua com o objetivo de democratizar o acesso à cultura pela população, ampliar o público nas redes sociais dos artistas participantes e oferecer também leveza, entretenimento e o respiro essenciais neste período que estamos atravessando, pois entendemos que ficar sem AR te sufoca", explica a secretária municipal de Cultura, Renata Weixter.
A próxima a vai participar da ação, no dia 3 de junho, é a fotógrafa Amanda Bolonha. Em seu vídeo, a artista mostrará fotos que compõem um projeto pessoal de apoio a mulheres vítimas de relacionamentos abusivos.
"Conto um pouco da minha história, tive um casamento de três ano que era totalmente caracterizado por uma relação abusiva, falo da minha trajetória na fotografia. Ao longo dos anos, percebi que podia ajudar outras pessoas com a arte", fala.
Segundo Amanda, ela percebia que não era a única a sofrer com as consequências de uma relação abusiva, como depressão e ansiedade, a começou a atender mulheres com situação bastante parecida.
"Eu percebia que, depois do ensaio, elas (as mulheres) se sentiam melhores, com mais autoestima. Alguns dos ensaios são de nu artístico e outras são sensuais. É bom também falar desse tema para as pessoas não sexualizarem esse tipo de foto, já que a proposta é totalmente o contrário", completa.
Amanda já fez ensaios dessa natureza com clientes do Estado, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Bahia e seleciona alguns dos cliques para aparecerem ao longo do víde na próxima semana.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta