Única cidade da Grande Vitória a não contar com um teatro municipal, a Serra, em breve, deve ganhar um tablado para chamar de seu. Em conversa com o Divirta-se, de A Gazeta, para detalhar os planos para a cultura em 2021, o prefeito Sérgio Vidigal (PDT) afirmou ter um projeto para a construção de um anfiteatro no Campus do Ifes, em Manguinhos.
"Pensamos em construir em uma área de 150 mil metros quadrados. O projeto prevê um teatro de 600 lugares, com uma área reservada para exposições. O orçamento é de R$ 6,7 milhões, que viria do governo federal por meio de uma emenda parlamentar que criei como deputado federal. Agora, como prefeito, vou conversar com a bancada capixaba em Brasília para tentar aprová-la", adianta.
Vidigal revela um projeto que pretende tocar até o final de 2021, mas a ideia só seguirá em frente, de acordo com o prefeito, se contar com o apoio da iniciativa privada.
"Queremos criar o Memorial Metropolitano, que seria construído em Laranjeiras, em uma área próxima à rotatória do Hospital Dório Silva. Temos um projeto assinado por Oscar Niemeyer. Seria a única obra do arquiteto no Espírito Santo."
Com projeto lançado desde 2012, e com valor preliminar estimado de R$ 70 milhões, o espaço contará com teatro, mirante, memorial, museu do trabalho, biblioteca, arquivo público municipal, auditório e espaço comercial, com acessibilidade e espaços para pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida, além de sistemas de ar-condicionado central, captação e reaproveitamento de águas pluviais e aquecimento solar. Pela planta, o acesso ao Memorial seria pelo subsolo.
Complemente restaurada e com 171 anos de história, a Igreja de Queimado, na Serra Sede, também está no radar do município, cuja pasta da cultura ficará agregada à Secretaria de Cultura, Turismo, Esporte e Lazer, que conta com gerenciamento de Thiago Carneiro, também vice-prefeito.
Uma segunda fase das obras já está em estudo no Centro Histórico de Queimado, mas precisamente em uma área próxima ao cemitério que fica atrás do santuário. A ideia é construir banheiros, lanchonetes e salas de apoio para visitação, uma estrutura confortável para os turistas que forem até o local. Inicialmente, as obras estavam orçadas em R$ 3 milhões na gestão de Audifax Barcelos (Rede).
"Vamos tentar captar recursos com o terceiro setor, sendo que a ampliação contará com participação efetiva do Conselho Municipal de Cultura. Queremos fazer parcerias com escolas, para que os estudantes conheçam a história e a cultura da Serra", explica.
Ainda pensando no caráter educacional, Sérgio Vidigal anunciou que também deve dar início a um projeto de construção de um museu em uma área próxima à Igreja dos Reis Magos, em Nova Almeida.
"Temos um projeto orçado em R$ 4 milhões, que servirá para revitalizar a área antiga, próximo da igreja. Queremos construir uma lanchonete e espaços para apresentações culturais. Vou encaminhá-lo à Secretaria de Cultura do Ministério do Turismo, na tentativa de conseguir apoio para desenvolvê-lo."
Fora dos holofotes culturais desde 2016, a Lei Chico Prego, criada em 1999, na gestão de Sérgio Vidigal, deve ganhar uma reestruturação até o final do ano.
"Queremos a volta da lei, especialmente pelo momento difícil por que passa a classe cultural da Serra, por conta da pandemia. Devemos fazer uma série de reuniões com artistas do município e com o Conselho Municipal de Cultura. A ideia é fazer uma reformulação, dando mais ênfase à aprovação de projetos de moradores da Serra", complementa.
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