Fechado desde 2017, o Teatro Carlos Gomes, no Centro de Vitória, está um passo mais perto de reabrir. E com novidades: o projeto de reforma e revitalização total do edifício histórico prevê não só instalação de elevador, restauro de pinturas e recuperação de móveis do mobiliário original do local, como, também, a criação de uma área de exposição e cafeteria no terceiro andar do prédio, que hoje abriga o foyer do espaço.
O projeto, feito por escritório de arquitetura capixaba por R$ 337 mil, contempla reformas na fachada, interior, móveis e até ajustes nas instalações acústicas e hidráulicas do Carlos Gomes, que devem ser totalmente repaginadas pela reforma. O ar-condicionado, item que foi alvo de críticas e polêmica nos últimos eventos abrigados pelo teatro, também será totalmente reformado e todos os ambientes serão climatizados.
O projeto foi apresentado durante reunião do Conselho Estadual de Cultura. Apesar de ter sido aprovado pelo mesmo, não há data para que as obras comecem e para que o teatro seja entregue pronto. Segundo o secretário de Estado da Cultura, Fabrício Noronha, o próximo passo é receber a versão final do projeto arquitetônico e abrir licitação junto ao Departamento Estadual de Estradas e Rodagens (DER-ES) para que a empresa que fará a reforma seja escolhida.
"Estamos adiantando o termo de referência para lançar na licitação e estamos correndo contra o tempo. Precisamos do projeto finalizado, que deve chegar nos próximos dias, e já estamos adiantando essas questões de burocracia interna para deixar tudo pronto. Não temos valor das obras e expectativa de prazo porque precisamos dessa versão final do projeto em mãos, que vai viabilizar essas informações", explica.
A ideia da criação de novos ambientes no teatro, sem alterar a estrutura do local, permitirá maior participação da sociedade em torno da programação cultural da cidade, bem como fará com que o local se torne mais atrativo para turistas. “O café é um ponto muito legal do projeto, com o espaço expositivo no terceiro andar, onde hoje é o foyer. Esses espaços vão ficar abertos direto, não só em dia de espetáculo, para proporcionar aos moradores e turistas a experiência de participar do Carlos Gomes”, destaca.
Para Noronha, outro ponto importante que será adequado é o da acessibilidade. Hoje, um cadeirante, por exemplo, não consegue circular por todos os ambientes do Carlos Gomes. “Toda a reforma do local foi pensada com a acessibilidade do entorno. Na entrada, no nível do palco, acesso a outros pavimentos, pequenos desníveis... Por isso será tudo refeito em rampas, onde há desníveis, e será instalado um elevador com acesso a todos os pavimentos”, explica.
Além dessas novidades, a reforma também vai prestigiar aspectos escondidos do Carlos Gomes pelo tempo. Durante análises do local, os técnicos não só descobriram pinturas nas paredes que estavam tampadas por camadas de tinta, como também o piso original do teatro, que está por baixo do atual revestimento.
“Todas as pinturas da parede serão recuperadas e o ladrilho, que é um ladrilho hidráulico antigo, que está no chão, terá uma parte do piso colocada em vidro para que os visitantes possam ver o revestimento original, como se fosse uma janela. No espaço do café também haverá uma espécie de exposição com fotos nas paredes contando a história do Carlos Gomes”, fala Noronha.
A última grande reforma que o Teatro Carlos Gomes recebeu foi em 2010 e tudo custou R$ 630 mil. Agora, com o que o governo do Estado pretende fazer, uma obra similar deve ser executada, já que toda a estrutura será revitalizada e um trabalho de análise até já foi feito no local, como A Gazeta já mostrou.
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