"Mar de Rosas", "Vem me Ajudar", "Elas por Elas", "Guerra dos Sexos" e, claro, "Cândida" e "Agora Eu Sei". Quem está na casa dos 40 anos, certamente ligou as músicas citadas no início do texto - considerados verdadeiros hinos dos anos 1970 e 1980 - ao icônico grupo The Fevers.
O "Divirta-se" não é o extinto "Vídeo Show" (TV Globo), mas resolveu embarcar no túnel do tempo para um delicioso bate-papo com o contrabaixista Liebert. A ideia é falar dos 55 anos de estrada do grupo, que será comemorado em uma live no sábado (27), às 18h30, no YouTube.
Considerados os "Reis do Bailes", o The Fevers ganhou prêmios e reconhecimento, nacional e internacional, com mais de 50 trabalhos lançados, entre vinil, cassete, CD e DVD. Ao todo, somam mais de 13 milhões de cópias vendidas.
"Cara, é mais de meio século de história e muito disso se deve por conta da nossa parceria com a Jovem Guarda, com os bailes, programas de TV e com as rádios. No início, gravar um disco era uma vitória", relembra o cantor, falando sobre a expectativa de realizar a sua primeira live.
"É uma mídia nova para nós, o que causa uma grande ansiedade. Mas acredito que esse mundo digital nos facilitou, tanto na divulgação quanto no contato direto com os fãs", comenta.
O repórter, então, faz uma pergunta que os artistas experientes não gostam de responder: a passagem que mais marcou em tanto tempo de carreira. Resposta difícil? Nada disso! Liebert vai "na lata". "Sem dúvidas, ser convidado por Roberto, Erasmo Carlos e Vanderlea para participar do programa "Jovem Guarda", na TV Record. Era o início da carreira, nos anos 1960, e isso nos impulsionou", relembra, com nostalgia.
Você, caro leitor, deve estar perguntando, "o carinho dos fãs continua depois de tantos anos?" ou mesmo "pais e avós passaram a devoção pelos The Fevers para os filhos e netos? ". Liebert afirma que sim.
"Na década de 1970, a juventude adorava ir aos bailes. Só queria dançar, namorar e curtir. Pensando bem, a gente era feliz e não sabia, né?", retruca, continuando com um ar sentimental.
"O carinho continua o mesmo, mas, nos shows, os avós, pais, netos e filhos sempre pedem a mesma coisa (risos). Temos que tocar grandes sucessos, como 'Mar de Rosas', 'Vem me Ajudar' e 'Cândida' e temas das novelas da Rede Globo, como 'Elas por Elas' e 'Guerra dos Sexos'", enumera.
Ah, sim: a internet, de acordo com o cantor, trouxe uma onda de novos seguidores. "Eles passaram a conhecer as nossas músicas. Nos shows, cantam o tempo todo e sabem as letras de cor. Muitos falam que os pais se conheceram nas apresentações do grupo. Alguns até ganharam o meu nome, Liebert. Isso sempre me emociona", brinca.
No começo, de acordo com o contrabaixista, o grupo se chamava "The Fenders". "Mais tarde, descobrimos que não poderíamos usar por ser o nome de uma marca de instrumentos musicais. Ouvindo 'Fever', do Elvis Presley, gostamos do nome. Assim a gente se firmou (risos)", revela o cantor, sempre bem humorado nas respostas.
Dizendo que nunca pararam de se apresentar pelo país, Libert conta que 2020 começou com uma turnê comemorativa dos 55 anos, mas os trabalhos tiveram que ser interrompidos por conta da pandemia da covid-19.
"Tivemos que dar um tempo em março. As apresentações fechadas foram transferidos mais para frente. Agora, temos que ter calma e muita paciência, pois tudo vai passar (suspira). Vamos apostar nas lives cada vez mais. Não queremos perder esse contato gostoso com o público", responde, com uma segurança digna de quem está há vários anos na estrada.
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