Com atividades praticamente paralisadas desde março, por conta do avanço da pandemia da Covid-19 no Estado, empresários, trabalhadores e produtores de eventos culturais e sociais realizaram uma manifestação em Vitória, na tarde desta terça-feira (29), reivindicando que o Governo do Espírito Santo divulgue um plano de retomada gradual das atividades.
A carreata, que contou com cerca de 150 veículos, entre vans, pequenos caminhões, trios elétricos e carros de pequeno porte, começou por volta das 14 horas, na Praça do Papa, na Enseada do Suá. Após a concentração, os manifestantes passaram pela Assembleia Legislativa, no mesmo bairro, e seguiram até o Palácio Anchieta, no Centro, onde ficaram parados por cerca de uma hora. Logo depois, retornaram à Praça do Papa, encerrando as atividades por volta das 17h30.
Durante a carreata, que seguiu pela Avenida Vitória, a faixa destinada a ônibus e veículos lentos foi tomada pelos manifestantes. O tráfego de veículos ficou lento em alguns trechos da capital, chegando a criar pontos de engarrafamentos. O mais crítico foi na Avenida Beira-Mar, que recebeu os veículos que tentavam evitar a manifestação. Vitória chegou a registrar trânsito do Palácio Anchieta a até a altura do Forte São João, tanto na Av. Vitória quanto na Beira-Mar.
Com palavras de ordem, pedindo o retorno gradual das atividades, os manifestantes entregaram duas cartas a membros do governo do Estado enquanto estavam parados em frente ao Palácio Anchieta. Uma delas, sugerindo protocolos de segurança para eventos sociais, como casamentos e bufês, a outra, com o mesmo teor, para shows e entretenimento em geral.
Presente na manifestação, Juliana Barbosa, que, entre outras atividades, presta serviços em camarins de eventos culturais, afirmou que o movimento foi criado para sugerir protocolos de segurança ao Governo Estadual, visando a reabertura das atividades econômicas do setor.
"São sugestões que construímos para que possamos voltar a trabalhar, respeitando questões sanitárias, como o distanciamento social. Não aceitamos os protocolos já lançados, pois não temos condições de fazer eventos para apenas 100 pessoas, como foi proposto pelo governador. Aceitamos um retorno de forma gradativa, respeitando as medidas de segurança, como a venda de ingressos on-line, por exemplo", garante.
"Queremos perspectivas e um calendário de retomada. Trabalhamos com planejamento, portanto, o ano já está perdido. Agora, desejamos nos preparar para trabalhar no Verão", conclui.
No início de setembro, o governo do Espírito Santo anunciou que eventos sociais estão liberados desde 21 de setembro, desde que respeitado o limite de até 100 adultos. A medida de flexibilização durante a pandemia do novo coronavírus não é válida para eventos com adolescentes e crianças. Eventos culturais, como shows, peças de teatro e cinemas, que não sejam em formato drive-in, ainda não estão permitidos.
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