A TV Gazeta está completando 45 anos esse mês. São mais de quatro décadas presentes no Espírito Santo, levando ao capixaba entretenimento e informação, com cobertura de Norte a Sul.
No dia 11 de setembro de 1976, entrava no ar a 18ª afiliada da Globo, uma novidade que iria revolucionar a comunicação no Espírito Santo. De uma sede em Vitória, a TV Gazeta dava seus primeiros passos no canal 4. Uma inovação que passaria a fazer parte de nossas vidas e mudaria a forma como a informação era transmitida.
“O momento que mais marcou meus 45 anos na TV Gazeta foi quando deixamos de trabalhar com filme e passamos a trabalhar com VT. Foi uma grande mudança pra melhor na forma de fazer TV. Isso tornou nossa produção mais eficiente e em cores. Fazer o colorido, à época, era muito caro”, relembra Abdo Chequer, diretor de jornalismo da TV Gazeta.
Aos poucos, a TV Gazeta foi crescendo e cada vez mais próxima dos telespectadores do interior. Em 1988, era inaugurada a TV Cachoeiro, atual TV Gazeta Sul, em Cachoeiro de Itapemirim, ampliando a cobertura jornalística na região Sul do Estado. Hoje, ela oferece programação local e nacional para os municípios de Anchieta, Itapemirim, Marataízes, Piúma, Rio Novo do Sul e Presidente Kennedy.
Somente quase 10 anos depois foi que a região Norte do Estado ganhou sua emissora de TV, com a inauguração da TV Norte, atual TV Gazeta Norte, em 1997. A chegada da emissora no município de Linhares tinha o objetivo de cobrir os 14 municípios, garantindo informação aos moradores e atendimento também às necessidades comerciais do local.
A Gazeta Noroeste é a mais nova do grupo Gazeta, foi inaugurada 30 anos depois da emissora chegar a Vitória, em 2006. Sua sede fica em Colatina e transmite notícias regionais. A partir desse ponto, a TV Gazeta passou a atingir todo o território capixaba, tornando-se a maior do Estado.
Abdo relembra também a importância da criação das regionais, permitindo a cobertura de todo o Estado, a criação do Bom Dia ES, em 1983, e aumento no tamanho dos jornais locais. “Isso gerou uma enorme interatividade e presença com o público. Hoje a presença das pessoas é muito importante nas nossas coberturas, é uma via de mão dupla, sempre em prol do público.”
Já em 2009, chega ao Espírito Santo a TV Digital. Uma imagem cada vez mais nítida, um som sem ruído: a TV Gazeta, que sempre acompanhou as evoluções tecnológicas, investiu em equipamentos de primeira geração.
Ao longo desses 45 anos, a emissora líder de audiência no Espírito Santo passou por grandes coberturas. Desde o primeiro programa, ancorado por Enock Borges, até os dias atuais, a TV Gazeta sempre esteve presente nos momentos mais marcantes da história do Estado, País e Mundo.
Ainda na década de 70, todo o Espírito Santo acompanhou as fortes chuvas que atingiram as regiões Norte e Noroeste, deixando quase 80% da população de Colatina desabrigada e dezenas de mortos. Essa ainda é considerada a maior enchente da história do Estado.
Outra história triste que contou com a cobertura da emissora foi a vivida pelos moradores de São Pedro, em Vitória, que na época era um lixão, e hoje virou um bairro. A realidade das famílias foi tema do premiado documentário “Lugar de Toda Pobreza”, feito pelo jornalista Amylton de Almeida, numa produção da TV Gazeta.
De acordo com Bruno Dalvi, editor-chefe da TV Gazeta, G1-ES e GE.com, ao longo de quase meio século, a história do mundo, do Brasil e, principalmente, do Espírito Santo chegou à casa dos capixabas pela tela da TV Gazeta. “O compromisso com a democracia e com o jornalismo voltado ao interesse público sempre foi o propósito da empresa, mesmo nos momentos mais desafiadores - e não foram poucos”.
A TV Gazeta esteve presente também na eleição de Gerson Camata, primeiro governador diretamente eleito no Espírito Santo, depois de vinte anos de ditadura; conclusão da Terceira Ponte, em 1989; e a explosão de violência nas ruas do Estado, em 2017. Em fevereiro de 1990, foi a vez dos jornalistas virarem notícia ao serem feitos reféns pelos internos, durante a rebelião da Casa de Detenção de Vila Velha.
O ano de 2001 foi um marco particular para a TV Gazeta, quando o Espírito Santo foi invadido pelo crime organizado nas instituições públicas, durante o governo de José Ignácio Ferreira. Naquele momento, o trabalho do jornalismo sério fez a diferença para o crime organizado ser desestruturado.
“Quando é preciso denunciar corrupção, crime organizado, desmandos até de agentes do Estado, o cidadão do Espírito Santo sabe que encontra na TV Gazeta a coragem para trazer as informações precisas que o ajudam a superar esses desafios. Nos desafios do cotidiano, que impõem melhorias de serviços públicos, câmeras e microfones sempre fizeram da TV Gazeta uma porta voz do cidadão”, afirma Bruno.
A TV Gazeta acompanhou momentos históricos da política do país, como o movimento das Diretas Já, em 1984; o fim da Ditadura Militar, em 1985; e a promulgação da Constituição de 1988. Mais recentemente, a onda de protestos de junho de 2013; a Operação Lava Jato; e o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, em 2016.
A nível mundial, noticiou a queda do muro de Berlim, em 1989; os atentados terroristas do 11 de setembro, em Nova York, em 2001; a crise migratória na Europa, que se agravou em 2015; a pandemia do COVID-19; entre outros.
O empresário, músico e escritor Carlos Fernando Monteiro Lindenberg Filho faleceu no dia 06 de abril de 2021, em Vitória, aos 85 anos. Ele foi responsável pelo surgimento da maior rede de comunicação do Espírito Santo - fundador da TV Gazeta e do site Gazeta Online - hoje A Gazeta.
Cariê, como era conhecido, nasceu no Rio de Janeiro, mas era capixaba de coração. “Nasci no Rio de Janeiro por acaso. Sou capixaba”, disse uma vez. Foi no Estado que ele cresceu, estudou boa parte da vida e construiu uma história que se entrelaça com o desenvolvimento do Espírito Santo.
Ao longo de seus 85 anos, sempre foi um ferrenho defensor do jornalismo e da liberdade de expressão. Esteve à frente da Rede Gazeta entre os anos de 1965 e 2001, quando passou a se dedicar a outras paixões: a leitura e a música. Desde o início da pandemia do COVID-19, permaneceu em isolamento social, mas contraiu uma pneumonia e acabou por ter complicações.
“Estes 45 anos da TV Gazeta marcam o primeiro aniversário dela, e também os 93 anos do nosso grupo, sem a presença de meu pai, Cariê. Mas ele segue presente conosco, nos inspirando diariamente," comenta Café Lindenberg, diretor-geral da Rede Gazeta.
Cariê sempre fará parte da história da TV Gazeta.
Na TV Gazeta, o capixaba se encanta com as belezas naturais estaduais. A TV Gazeta se orgulha em mostrar as virtudes e tradições de nossa gente. “A TV Gazeta me proporcionou viajar por todo o Espírito Santo e ouvir pessoas que me fizeram crescer como homem. Eu aprendi muita coisa e contei muitas histórias nesses 45 anos”, conta Cesar Fernandes, Gerente de Entretenimento da TV Gazeta. “Em Movimento, Gazeta Comunidade, Estação Esporte, Leve a Vida, Bom Dia ES, ES1, ES2. Já estive em todos os programas da TV Gazeta e sou muito grato por isso.”
Hoje a TV Gazeta fala com diversos públicos e idades e não só com os mais experientes, oferecendo conteúdo em diversas plataformas. Ela está em todos os lugares e rejuvenesceu para acompanhar seu público. Uma programação que não deixa passar nada despercebido. Do entretenimento ao jornalismo.
Para Café Lindenberg, a TV Gazeta, assim como os outros meios de comunicação, está passando por muitas mudanças, mas ainda tem um grande futuro pela frente. “Acho que a televisão aberta ainda se transformará, mas estará mais presente, mais interativa e mais alegre com seus conteúdos e informações.”
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