A carreira do cantor e produtor musical R. Kelly, 54, parece ter sentido o impacto de sua condenação por tráfico sexual, ocorrida em 27 de setembro. Mas quem pensa que esse impacto foi negativo está enganado, já que as vendas do músico dispararam.
Segundo a Rolling Stone americana, as músicas de R. Kelly tiveram um crescimento de dois dígitos nas transmissões de streaming, de áudio e vídeo, e um crescimento de três dígitos nas vendas de álbum. Os dados são da semana seguinte à condenação.
O levantamento aponta alta de 22% no consumo de suas músicas por streaming, de 23% de seus vídeos por streaming e de 517% na venda de álbuns. Isso aconteceu mesmo com alguns colaboradores tirando das plataformas músicas com o artista.
O YouTube também anunciou a remoção dos canais oficiais do cantor nesta semana. "Podemos confirmar que eliminamos dois canais vinculados a R. Kelly, de acordo com nossas normas sobre a responsabilidade dos criadores", afirmou um porta-voz. Mas canais não oficiais ainda mostram materiais do músico
Apesar de ter registrado altas, a tendência é que os números relacionados ao trabalho do cantor caiam nos próximos meses. Como a Rolling Stones destaca, não é incomum para artistas registrem um pico de atividades logo após uma polêmica.
R. Kelly foi considerado culpado por tráfico sexual em um júri que aconteceu no tribunal federal do Brooklyn durante cinco semanas e meia. Os jurados deliberaram por pouco mais de um dia antes de votarem pela condenação em todas as acusações.
Deveraux Cannick, advogado de Kelly, disse a jornalistas do lado de fora do tribunal que a defesa estava "desapontada". A audiência de sentença foi marcada para o dia 4 de maio de 2022.
O cantor, cujo nome completo é Robert Sylvester Kelly, é uma das pessoas mais influentes julgadas por crimes sexuais depois do movimento #MeToo, que amplificou as acusações que o perseguiam desde o início dos anos 2000.
Assim como Kelly, muitas de suas acusadoras eram negras, o que diferencia o caso de condenações da mesma onda, como a do comediante Bill Cosby e do produtor cinematográfico Harvey Weinstein. A condenação de Cosby foi anulada em junho.
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