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Vida e histórias de Augusto Ruschi ganham destaque em livro

Vida e histórias de Augusto Ruschi ganham destaque em livro

“Ruschi: O guardião da floresta” conta até sobre o dia em que  o ecologista defendeu a reserva ambiental de Santa Teresa com uma espingarda. Obra será lançada nesta terça-feira (19)

Publicado em 18 de outubro de 2021 às 07:00

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O biólogo Augusto Ruschi e os beija-flores, em Santa Teresa
O biólogo Augusto Ruschi e os beija-flores, em Santa Teresa. (Arquivo/AG)
Autor - Emanuel Vargas da Silva
Emanuel Vargas da Silva
Aluno do 24º Curso de Residência em Jornalismo / [email protected]

Em meio a tantas histórias na vida de Augusto Ruschi (1915-1986), uma chamou a atenção até da imprensa em 1977.  Na época, o ecologista usou até uma espingarda para defender uma reserva ambiental, em Santa Teresa. O motivo foi impedir que uma fábrica de palmitos enlatados fosse instalada na Reserva Ambiental de Santa Lúcia.

Ao saber da chegada de fiscais do Governo do Espírito Santo no local onde seria construída a indústria, Ruschi pegou sua espingarda e foi recebê-los. Por fim, a fábrica nunca chegou a ser construída.

Essa história e outros momentos da vida do naturalista, agrônomo e advogado Augusto Ruschi são contadas no livro “Ruschi: O guardião da floresta”, coordenado por Antonio de Pádua Gurgel e publicado pela editora ProTexto. A obra será lançada numa live, no canal da Secretaria de Estado da Cultura (Secult) no YouTube, nesta terça-feira (19).

A publicação fala sobre a vida do grande cientista e sobretudo resgata a sua obra, que lhe valeu o título de “Patrono da ecologia no Brasil". "Augusto Ruschi foi declarado como Patrono da Ecologia no Brasil, pelo Congresso Nacional. Ele honra os capixabas e é uma figura muito representativa do Espírito Santo, já que colocou o estado no mapa científico internacional", diz Pádua.

Tendo sido responsável pela criação de diversas reservas ambientais em todo o Brasil, Augusto Ruschi produziu mais de 400 artigos científicos ao longo de sua trajetória, fato descrito na obra.  O naturalista, que faleceu em 1986, foi sepultado no Dia Mundial do Meio Ambiente (5 de junho) dentro da mata na Estação Biológica de Santa Lúcia, em Santa Teresa.

O livro demorou mais de três anos para ser concluído e conta com 131 páginas. Além do texto, a obra tem diversas fotografias de fauna, flora e do ambientalista. “Ruschi: O guardião da floresta” tem prefácio escrito pelo atual governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, e também tem participação do neto de Augusto, Gabriel Gomes Ruschi.

Livro
Livro "Ruschi: O Guardião da Floresta", de Antonio de Pádua Gurgel. (Divulgação/Protexto)

Com forte relevância no exterior, Augusto participou de 259 excursões científicas pelo mundo e chegou a ser condecorado pela Rainha Elizabeth II, do Reino Unido. “O Augusto é muito conhecido fora do Brasil. Então, a intenção de ser um livro bilíngue é para que os leitores estrangeiros também sejam alcançados”, explica Antonio.

“Quando cresci, sempre ouvi uma frase que o Brasil não tem memória, então eu procuro dar uma contribuição nesse sentido. Todos os meus trabalhos visam a preservação da memória. O livro do Ruschi também é para ajudar a divulgar o Espírito Santo dentro e fora do Brasil”, conta Gurgel.

O escritor é conhecido por trabalhar com os detalhes, que são reunidos e apresentados em livros que são quase enciclopédias de diversos assuntos. Entre os temas já publicados por Antonio, estão as cidades de Vitória e Vila Velha, o estado do Espírito Santo e seus portos, com toda história e desenvolvimento contado nas páginas.

O lançamento oficial de “Ruschi: O guardião da floresta” será,  às 18h30 desta terça-feira (19), em live no YouTube. Porém, o livro já pode ser adquirido pelo site paduagurgel.com.br ou diretamente com a editora ProTexto pelo valor de R$ 80.

*Emanuel Vargas da Silva é aluno do 24° Curso de Residência em Jornalismo da Rede Gazeta, sob supervisão do editor Erik Oakes.

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