Lady Gaga vira uma heroína e derrota o presidente Jair Bolsonaro com chá de cloroquina. Essa é a história de uma animação do designer e ilustrador Gibran Gomes, 31, que viralizou nas redes sociais. Segundo ele, uma mistura de crítica política com cultura pop.
"Sempre gosto de fazer essa mistura, de brincar com isso. O start veio com o clipe da música 'Paparazzi', da Lady Gaga. Sempre acontece assim comigo, do nada. Aí eu quis fazer uma crítica a tudo que está rolando no nosso cenário político, que engloba fascismo, a mistura de Deus e armas, a cloroquina e as fake news", afirma.
Gomes, que é de Recife e trabalhou por 11 anos com publicidade, afirma que também quis aproveitar o fato de que Lady Gaga vai lançar seu novo álbum, "Chromatica", nesta sexta-feira (29), e fez até uma menção, no final, com o símbolo de uma das tribos desse mundo chamado Chromatica de Lady Gaga.
"Eu queria também puxar engajamento para o meu vídeo, por isso usar a Lady Gaga bem nessa semana, afirma. "E esse frasco que ela deixa no final com a cura para o coronavírus tem o símbolo da tribo dos cientistas do planeta dela. Então misturei tudo isso pra fazer um conceito, não queria algo aleatória."
A animação mostra o presidente Bolsonaro lendo o jornal "The Fake Times", quando Lady Gaga lhe oferece uma xícara de chá de cloroquina. Ele bebe e morre. Sua ex-secretária Regina Duarte, aparece em uma ligação telefônica, quando a cantora lhe diz 'e daí [que ele morreu], fique leve', em referências a frases dos dois.
Gomes afirma que não esperava a repercussão que o vídeo teve. Segundo ele, uma outra animação, com desenhos representando a cantora Pabllo Vittar, 25, e a ex-BBB Rafa Kalimann, 27, já tinha sido um sucesso, que ele não imaginava bater. Na ocasião, ele juntou a música "Rajadão" com o "aleluia, arrepiei", dito por Rafa no BBB.
"Achei que nada superaria aquele vídeo, mas agora está muito maior. Estou me sentindo um superstar", brinca Gomes, que tem feito esses trabalhos em casa, de brincadeira, durante a quarentena.
Essa, no entanto, não é a primeira vez que ele fez um vídeo misturando crítica política e cultura pop. No ano passado, ele fez Pabllo Vittar soltando o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva da cadeia, enfrentando o então juiz Sérgio Moro e outros nomes, que aparecem como vilões, como Kim Kataguiri e Alexandre Frota.
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