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Vila Velha ganha Dia do Chorinho, com apresentações musicais na Prainha

Vila Velha ganha Dia do Chorinho, com apresentações musicais na Prainha

Data é homenagem à musicista Dona Maria do Bandolim, uma das referências culturais da cidade desde a década de 1920

Publicado em 5 de setembro de 2021 às 08:00

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Raimundo Machado & Trio é uma das atrações do Dia do Chorinho, que acontece sábado (4), em Vila Velha
Raimundo Machado & Trio é uma das atrações do Dia do Chorinho, que acontece sábado (4), em Vila Velha. (Divulgação/PMVV)
Gustavo Cheluje
Repórter do Divirta-se / [email protected]

O Dia Nacional do Chorinho é comemorado em 23 de abril, mas Vila Velha tem uma data alusiva ao estilo musical para chamar de sua: 6 de setembro. Um projeto de autoria do vereador Joel Rangel (PTB), que contou com apoio do Coletivo Prainha, definiu a data no calendário da cidade como sendo o Dia do Chorinho Canela-Verde.

Lógico que vai ter muita festa para comemorar. Nesta segunda-feira (6), às 17h30, na Prainha, rola um evento gratuito com música de qualidade, com participação de Raimundo Machado & Trio e Arquivo do Samba, além de roda de conversa com Jovaldo Guimarães, músico e professor da Fames, e Alexandre Araújo. A cantora lírica Adalgisa Rosa fará à abertura e será a apresentadora.

A data foi escolhida por ser o dia do nascimento de Maria José Pinto da Vitória, conhecida carinhosamente por Dona Maria do Bandolim, musicista e ex-moradora de Vila Velha, além de referência cultural para a cidade desde a década de 1920.

De talento inquestionável, Dona Maria, morta em 1988 aos 81 anos, chegou a fazer participações no cinema e foi parceira de Altemar Dutra - um dos maiores compositores do país e autor de clássicos como "Sentimental Demais" e "Que Queres Tu de Mim?" - em uma apresentação.

O Dia do Chorinho Canela-Verde foi criado em homenagem à Dona Maria do Bandolim, musicista e ex-moradora de Vila Velha, além de referência cultural para a cidade
O Dia do Chorinho Canela-Verde foi criado em homenagem à Dona Maria do Bandolim, musicista e ex-moradora de Vila Velha, além de referência cultural para a cidade. (Coletivo Prainha/Arquivo)

Por seu pioneirismo em tocar um instrumento, e um estilo musical, que poucas mulheres tinham familiaridade em décadas passadas, Dona Maria foi comparada a outro grande nome da música brasileira, Chiquinha Gonzaga.

"Concordo quando comparam D. Maria do Bandolim à compositora Chiquinha Gonzaga na luta em defesa dos direitos das mulheres, tamanho o seu significado e desempenho em divulgar a cultura de Vila Velha", destaca Manoel Goes, subsecretário de cultura do município.

Ainda de acordo com Goes, Maria José era divulgadora de eventos sociais e culturais. Ela organizava e participava de quermesses, shows beneficentes e acompanhava peças teatrais, além de ter participação efetiva na "boemia" canela-verde.

Uma das organizadoras do encontro desta segunda (6), Mônica Boiteux, também destaca o trabalho desbravador de Maria José Pinto da Vitória. "Dona Maria do Bandolim foi uma mulher à frente de seu tempo. Ainda jovem, nos anos de 1920, tocava em festas. Ensinou a arte de bandolim a muitos músicos, entre eles Ivan Reis, que dedicou uma música a ela", aponta.

Ao "Divirta-se", Mônica adiantou que o evento voltado ao "Dia do Chorinho Canela-Verde" - que acontecerá atrás da Igreja do Rosário - colocará cadeiras à disposição dos frequentadores. O uso de máscara será obrigatório, além da manutenção do distanciamento social e uso de álcool em gel.

DIA DO CHORINHO CANELA-VERDE

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  • QUANDO: segunda-feira (6), a partir das 17h30, atrás da Igreja do Rosário, Prainha, Vila Velha

  • ATRAÇÕES: o evento terá entrada franca, e contará com shows de Raimundo Machado & Trio e Arquivo do Samba, além de roda de conversa com Jovaldo Guimarães, músico e professor da Fames, e Alexandre Araújo. A cantora lírica Adalgisa Rosa fará à abertura e será apresentadora da noite

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