Seria Vingadores: Guerra Infinita o melhor filme de todos os tempos, como vendeu Chris Pratt durante sua passagem no Brasil? Provavelmente não, mas é bonito ver o que Marvel conseguiu fazer com seu universo cinematográfico. A nova aventura dos Vingadores, que chegou ao cinema na última quinta-feira (26), parece ser exatamente o ponto a que a Marvel Studios pretendia chegar, se não desde Homem de Ferro (2008), pelo menos desde Vingadores (2012).
O filme dirigido pelos irmãos Joe e Anthony Russo (dos dois últimos Capitão América) finalmente coloca Thanos (Josh Brolin) no caminho dos heróis. A trama já começa onde terminou Thor: Ragnarok e com um recado: se prepare porque tudo pode acontecer.
O bom é que, como já era esperado, o filme não perde tempo desenvolvendo heróis afinal já conhecemos todos eles de outros carnavais. Isso possibilita que Thanos seja desenvolvido e que até alguns personagens do time C da Marvel, como Gamora (Zoe Saldana), ganhe mais espaço, uma vez que sua relação com o vilão é íntima.
Os núcleos diversos dão ao filme um aspecto meio O Senhor dos Anéis, com tramas distintas que se encontrarão mais à frente. Os Vingadores originais, mesmo que tenham seus momentos de protagonismo, parecem ter sido poupado para o Vingadores 4 (antigo Guerra Infinita Parte 2), que estreia ano que vem, mas isso não é ruim. Podemos ver mais Doutor Estranho e Guardiões da Galáxia, por exemplo. Podemos também focar nas relações de personagens a briga de egos entre Tony Stark e Stephen Strange é ótima, tudo presenciado por um encantado/assustado Peter Parker. Até alguns novos personagens, como o vivido por Peter Dinklage, ganham tempo em tela.
INTENSO
O interessante é que o Guerra Infinita costura o universo Marvel e suas diversas camadas. É curioso, porém, que o filme que mais se conecte com o dramático Guerra Infinita seja o divertidíssimo Thor: Ragnarok. O novo Vingadores tem humor, diálogos engraçados e situações idem, mas é um filme ainda mais sério que Pantera Negra.
O roteiro trabalha bem a crescente ameaça mesmo que os Filhos de Thanos sejam genéricos, eles são capazes de enfrentar os Vingadores e até de derrotá-los. O filme também acerta em cheio com a inconografia em torno dos personagens, ou seja, ele tem plena noção do peso e da fama de cada um, e sabe como utilizar isso a seu favor.
Seria, então, Guerra Infinita o tal filme perfeito? Bem... talvez não, mas todas as escolhas (até os personagens subaproveitados) são compreensíveis. Além disso, o filme é um marco na história da Marvel e é bem possível que ali, entre uma cena de luta e outra, o futuro dos heróis no cinema esteja sendo alterado. Basta prestar atenção.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta