Após anunciar a reabertura de alguns aparelhos, como Fafi, Museu Capixaba do Negro e Museu do Pescador, a Secretaria Municipal de Cultura de Vitória pretende ampliar seu leque de oficinais culturais, apostando na diversidade e na formação técnica, especialmente para jovens das áreas de risco social, dando a eles a oportunidade de profissionalização.
De acordo com o subsecretário de cultura da capital, Luciano Gagno, a ideia é lançar cursos que permeiam o universo cultural dos jovens da periferia da capital.
"Queremos contratar um número maior de professores-oficineiros, apostando cada vez mais na diversidade. Temos, inicialmente, a ideia de oferecer cursos nas áreas de Dança Afro, Hip Hop, Literatura e, especialmente, criar uma oficina de Circo. Os espaços a serem usados para as aulas serão, preferencialmente, a Fafi e o Museu do Negro", adianta, dizendo que, até março, deve lançar um edital de chamamento para a contratação dos professores.
"Os cursos começariam no início do segundo semestre, sempre respeitando as normas de segurança sanitária", complementa.
Luciano Gagno também afirmou que pretende investir em projetos que deram certo em anos anteriores, como o "A Arte é Nossa" e o "Arte Em Casa".
O "A Arte é Nossa" realiza intervenções urbanas em espaços públicos da capital e utiliza suportes diversos para imprimir a sua marca, que é popularizar a arte urbana. Para isso, os muros da cidade ganham obras realizadas em diversas técnicas, como grafite, arte-mural, arte-relevo e pintura.
"Além de melhorar o visual da cidade, a iniciativa dialoga com a arte praticada nas áreas de risco social. Para a sequência do projeto, pretendemos estender as ações e também transformá-las em oficinas, especialmente de grafite. Queremos que as pessoas das comunidades aprendam esse ofício", adianta Luciano, dizendo que novos editais devem ser lançados no primeiro semestre.
Concebido para prestar apoio a artistas, técnicos e demais profissionais das áreas de arte e cultura que estão impedidos de realizar apresentações durante este período de isolamento social, por conta da pandemia, o "Arte em Casa" também deve continuar na nova gestão enquanto a crise sanitária não der uma trégua.
"Os editais de 2020 foram prorrogados e alguns artistas ainda não fizeram as suas apresentações. Portanto, nossa ideia, por enquanto, é dar suporte aos contemplados deste chamamento".
Lançado em junho de 2020, em formato de auxílio emergencial, o "Arte Em Casa", previa contemplar 160 apresentações artísticas em formato on-line. O edital investe R$ 240 mil (oriundos do Fundo Municipal de Cultura) contemplando linguagens como dança, teatro, contação de histórias, poesia, teatro de bonecos, performances, circo e artes plásticas. Apresentações de música, seja de canto ou instrumental, e performances de DJs também estavam entre as categorias contempladas.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta