Praticamente de surpresa e com um aviso de poucos dias antes à imprensa de língua inglesa, "Apropos of Nothing" (a propósito de nada), a já controversa autobiografia de Woody Allen, chegou nesta segunda-feira (23) às livrarias americanas.
Depois de a Hachette cancelar o lançamento da obra, após protestos de funcionários, a autobiografia sai pela editora independente Arcade, conhecida por publicar ficção literária de prestígio, mas também obras de teorias da conspiração.
Como já esperado, o diretor nega as acusações de que tenha abusado sexualmente de Dylan, sua filha com Mia Farrow, o que teria acontecido em 1992 na casa da atriz. Depois de duas investigações, Allen nunca foi declarado culpado de nada.
"Nunca encostei um dedo em Dylan", diz o cineasta na obra. "Também nunca fiz nada a ela que pudesse ser mal interpretado como abuso [sexual]; foi tudo uma invenção do começo ao fim."
O diretor afirma que, no dia em que segundo Dylan e Mia o abuso teria acontecido, ele deitou sua cabeça no colo da filha de sete anos, mas que "não fez nada impróprio" e que ambos estavam numa sala "cheia de pessoas assistindo à TV no meio da tarde''.
O cineasta também lembra como começou sua relação com Soon-Yi Previn, filha adotiva de Farrow. "No começo de nossa relação, quando a luxúria reina suprema... não conseguíamos tirar as mãos um do outro", escreve.
Allen também lembra que Farrow descobriu sobre o caso dos dois depois de encontrar fotos eróticas da filha, então na casa dos 20 anos, no apartamento do cineasta - e diz entender a fúria da ex-mulher ao ficar sabendo, mas acrescenta não se arrepender. Allen e Previn se casaram em 1997.
"Fui questionado se, caso soubesse o que aconteceria, se teria me envolvido com Soon-Yi", escreve ele. "Sempre respondi que faria tudo de novo num piscar de olhos".
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