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Zé Geraldo promete atender pedidos de fãs durante show em Vitória

Zé Geraldo promete atender pedidos de fãs durante show em Vitória

"Canção e Prosa" é a primeira experiência acústica do músico e será apresentada neste sábado (9), no Centro de Visitantes do Projeto Tamar. Durante show em estilo bate-papo, cantor promete abrir o repertório

Publicado em 7 de novembro de 2019 às 08:34

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Zé Geraldo traz para Vitória o show acústico "Canção & Prosa". (Divulgação)

Boa música e preservação do meio ambiente. Essa mistura perfeita dá o tom do Projeto Tamar Cultural, que acontece sábado (9), no Centro de Visitantes do Projeto Tamar, tendo como “cereja do bolo” a esperada apresentação do cantor Zé Geraldo. O artista, que acaba de completar 40 anos de carreira, traz a Vitória o show intimista “Canção & Prosa”, que já rodou várias cidades do país.

Antes do mineiro subir ao palco para um momento acústico, bem ao estilo banquinho, voz e violão, a noite contará com a performance da banda Tamarear, composta por Gustavo Macacko, Marcos Clement e Juana Zanchetta. A apresentação musical faz parte da programação especial que tem como objetivo celebrar o início da temporada reprodutiva das tartarugas marinhas.

Em descontraído bate-papo com o “Divirta-se”, Zé Geraldo, que chega a 76 anos com um fôlego de atleta (joga futebol,  pratica caminhada e pilates diariamente) fez questão de ressaltar que “Canção & Prosa” é a sua primeira experiência acústica.

“Bolei um show bem aconchegante, em que espero conversar com o público, trocando experiências de vida. Vou até atender pedidos musicais dos fãs (risos). A experiência de estar sozinho no palco é bem nova para mim, porém muito excitante. O ‘esquema’ é bem menos rígido, cara! Temos mais liberdade para improvisar”, relata o cantor.

O repertório? Lógico que não podem faltar as consagradas “Cidadão”, “Como Diria Dylan” e “Rio Doce”... Já sei, você deve estar perguntando: “E ‘Senhorita’?”. O Zé, rapidamente, responde a sua pergunta: “Essa é a mais pedida. Até hoje não consigo entender o porquê do seu sucesso. Compus meio que sem querer, em um dia que estava à toa e resolvi tocar violão”, confessa Zé Geraldo, cantando uma estrofe: “Aqui é pequeno mas dá pra nós dois/ E se for preciso a gente aumenta depois”.

Ainda em relação a “Senhorita”, o artista fala que a faixa “mais querida” foi a “protagonista” de uma passagem insólita com Chitãozinho e Xororó. “Ainda na década de 1980, os empresários da dupla me procuraram querendo gravar uma música minha. Pediram uma dica e falei logo de ‘Senhorita’. Eles negaram pois a consideravam complicada demais. Até hoje não sei qual 'mistério' tem na letra”, brinca, em tom irônico, ressaltando que a música chega a ser objeto de culto para alguns cantores mais saudosistas.

“Tem um artista muito popular no Rio Grande do Norte, Vicente Neri, que abre os seus shows com ‘Senhorita’ há mais de 30 anos. Recentemente, cantamos juntos. Foi emocionante”.

NOVIDADES

Zé Geraldo, cantor e compositor. (Divulgação)

Zé Geraldo está ansioso, afinal, lança até o final de 2019 o seu 17º álbum. “Cara, vão ser 11 faixas, sendo que três são inéditas em estúdio. Destaco ‘Hey, Zé’, uma versão muito particular que criei para ‘Hey, Joe’, de Jimi Hendrix”, avisa, dando detalhes sobre a letra.

“É uma canção que fala da morte de uma mulher. Como não tenho vocação para a violência, resolvi reescrever, dando uma ‘abrasileirada’ e ‘cantando’ os motivos para que ela não seja morta”, ri, de maneira maliciosa.

“Tem coisa bem bacana nesse disco, cara. Gosto de uma música inédita que Renato Teixeira fez para mim, ‘O Chão do nosso Chão’. Também tenho uma parceria com um músico capixaba, Bruno Caliman, que escreveu ‘Enquanto Há Tempo’. Ah, tem uma letra que João Carreiro e Chico Teixeira fizeram em minha homenagem, ‘O Poeta do Bem’”, enumera. Abaixo, veja o clipe  de ‘Enquanto Há Tempo’, que foi gravado no Centro de Vitória.

Zé fala que evita cantar músicas novas em seu show, pois tem medo que elas vazem na internet. “As pessoas costumam gravar com a câmera de celular, com uma qualidade ruim e lançam nas redes sociais. Sei que é uma forma de carinho, mas atrapalha o lançamento no futuro”, explica, revelando o seu amor pelo Espírito Santo sem medo de cair no clichê.

“O Estado tem uma importância muito grande em minha história de vida, não só na música. Tenho um irmão que mora em Barra de São Francisco e a gente é muito próximo. Nos anos 1980, quando pensei em abandonar a carreira, bebia muito e fumava dois maços de cigarro por dia,  era bem down mesmo. O Espírito Santo acendeu uma luz para mim. Meu irmão me ligou e disse: ‘vem cantar aqui que será o início do seu renascimento’. Não é que foi mesmo”, responde, dizendo que adora vir para o Estado dirigindo ("tenho até carteira de motorista categoria D, pois já fui conduzindo até ônibus") e que já se apresentou em vários lugares.

“Se olhar no mapa, acho que não conheço só umas cinco cidades capixabas. Cara, já cantei até em porta de igreja e em cabaré do interior. É muita história para contar”, rememora, com a sua peculiar mineirice.

TAMAR CULTURAL

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