Andressa Urach, 33, diz ter telefonado para o homem que a estuprou quando ela tinha apenas seis anos e o perdoado. A revelação foi feita ao podcast Potter Entrevista, de Luciano Potter.
Segundo ela, o homem que ela acusa era praticamente um avô já que cuidava dela desde os dois anos de idade. "Eu liguei para ele e disse que o perdoava. Ele já é um senhor e não tenho mais como provar que isso aconteceu. Minhas memórias são de quando tinha entre seis e oito anos. Moro com ele desde os dois, então isso devia acontecer há muitos anos", disse.
De acordo com ela, a reação não foi nada amistosa. "Ele me tratou muito mal, mas eu já esperava porque as pessoas são como podem ser. Cada pessoa reage de uma maneira, cada um tem uma bagagem e cada um tem um pensamento. O bonito no ser humano é respeitar essas diferenças", revelou.
Andressa fez questão de pontuar que, mesmo com o perdão, lugar de quem estupra é na prisão. "Quando o estupro é comprovado, a pessoa tem de ir para a cadeia e pagar pelo que ela fez. Acho que deveria até haver medidas mais severas para que isso não aconteça", disse Andressa. O homem nunca pagou por isso.
Andressa acaba de se desligar da Igreja Universal, da qual fazia parte desde que 2014 e pretendia ser pastora. A ex-modelo fez um longo desabafo a respeito do assunto em suas redes sociais, em que disse ter se sentido usada e até ter pedido a devolução dos dízimos que doou ao longo dos anos.
"Nos últimos meses, passei por uma decepção tão grande que literalmente rasgou meu coração", disse. "Não consegui nem estudar, vou ter que trancar a faculdade de jornalismo, pois não tenho cabeça para pensar sobre isso."
"Dediquei os últimos 6 anos da minha vida para Jesus, como todos sabem, mas acabei me sentindo como um objeto descartável", afirmou. "Nunca me senti assim, nem no tempo da prostituição", completou.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta