Se você é um usuário ativo das redes sociais há pelo menos cinco anos, provavelmente já esbarrou com algum vídeo zoando o seu signo solar, horóscopos palpitando na sua vida amorosa, ou centenas de pessoas conversando sobre mapa astral.
Pop nas rodinhas de conversa, a astrologia é o assunto queridinho dos místicos e a nova fase da Angélica, que pela primeira vez em mais de duas décadas apresenta um programa fora dos estúdios Globo.
A primeira temporada de "Jornada Astral" chega ao streaming HBO Max neste ano - ainda sem data definida - prometendo um mergulho na intimidade de 24 celebridades brasileiras, sob lentes que analisam a posição do Sol, da Lua, dos planetas e de outros corpos celestes que orbitam o cosmo.
Acompanhada pelos astrólogos e youtubers Vitor diCastro e Paula Pires, Angélica conversa com os entrevistados a partir de seus mapas astrais, ou seja, fazendo leituras da configuração astral do instante exato do nascimento de cada convidado e, assim, traçando uma relação entre a personalidade de cada um e os mistérios celestiais.
Há quem considere balela, mas inúmeras pessoas, incluindo Angélica, definem a astrologia como uma ferramenta poderosa que pode revelar muito sobre qualquer um, como comportamentos, medos, desejos, valores e até mesmo sensações momentâneas e acontecimentos diários.
Para a apresentadora, atriz e cantora, o próprio surgimento do programa é, aliás, diretamente atrelado às posições dos astros no universo.
Em 2019, quando a paulistana encerrou o contrato com a TV Globo, onde trabalhou por 24 anos, em programas como "Angel Mix", "Vídeo Game", "Fama", "Estrelas" e novelas, estava a fim de embarcar "somente em projetos pontuais" na emissora, como o "Simples Assim", lançado no ano seguinte.
Os motivos da mudança, segundo Angélica, foram a vontade que sentiu de "experimentar novos projetos" e o seu "espírito sagitariano", signo marcado por características como a busca excessiva por liberdade e aventura.
"Acho que a minha ida para o streaming casou perfeitamente com o momento atual da minha vida e do audiovisual'', diz ela. "Isso de cercear a criatividade ou prender as pessoas em caixinhas não é legal. E como uma boa sagitariana, gosto muito de ter liberdade."
Uma matéria do site Metrópolis, publicada nesta sexta (3), aponta, no entanto, Angélica como um dos nomes do júri do "Show dos Famosos", do novo "Domingão". Ainda segundo o texto, a paulistana estaria apenas como uma participante do programa, sem contrato com a emissora. A reportagem entrou em contato com a assessoria da TV Globo para checar a informação, mas até o momento não obteve resposta.
O fato é que seja por causa dos astros, de uma simples coincidência, ou de outros motivos, a recém-dança das cadeiras na emissora vem chamando a atenção do público, até porque não é todo dia que Fausto Silva migra para Band, Luciano Huck assume o "Domingão" e Marcos Mion comanda o "Caldeirão".
Agora na HBO Max, a sagitariana inicia sua nova fase na carreira, marcada não só por "Jornada Astral", mas também por outras produções que ainda são segredo.
"Já fazem uns anos que quero realizar algo em que possa dividir minhas experiências acessando de fato o público que me acompanha durante todo este tempo", diz ela. "Venho também num processo astrológico muito forte de autoconhecimento, apesar de sempre ter gostado do tema."
Dividido em 12 episódios, "Jornada Astral" tem o formato de talk show e os convidados se abrem diante de três cabines astrais: passado, presente e futuro.
"Eles trocam figurinhas, se emocionam e dão risada", conta Angélica. "A astrologia é sobre se entender, ver as próprias nuances, luzes, sombras, aprender a lidar melhor consigo mesmo."
Para Pires, que ficou famosa na internet falando sobre corpos celestes e, agora, apresenta o programa ao lado de Angélica e diCastro, o programa tem grande potencial de fisgar novos amantes da astrologia.
Com expectativa alta diante do apelo popular desse assunto, os apresentadores de "Jornada Astral" afirmam que, além de conhecer mais sobre os entrevistados, será possível entender termos e conceitos da astrologia, sendo ou não leigo no assunto.
Segundo diCastro, a chegada do programa em meio à pandemia é também um atrativo para o público, já que o isolamento social provoca uma série de reflexões filosóficas. "A gente tá vivendo um momento em que todo mundo quer olhar para dentro e se perguntar o porquê das coisas. E a astrologia é perfeita para isso."
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