Quando surgiu na rede social Vine, em 2013, fazendo vídeos que duravam segundos para mostrar seus covers de músicas pop, Shawn Mendes costumava estar em um quarto de adolescente, rodeado pelos amigos ou em qualquer outra paisagem mundana.
Seis anos depois, o cantor canadense continua entoando hits do pop. Só que agora ele é autor das próprias canções e se apresenta em arenas e festivais nos quatro cantos do mundo.
O primeiro dos dois shows do astro teen em São Paulo, nesta sexta (29) -o próximo será neste sábado (30)-, é prova da imensa popularidade conquistada por ele.
Tietado pelos fãs desde a chegada ao aeroporto de Guarulhos, na última quarta (27), Shawn Mendes se apresentou para um público composto, quase que inteiramente, por adolescentes que não pouparam gritos durante as duas horas de show.
Muitas meninas -muitas mesmo, de diversos tamanhos- acompanhadas pelos pais também eram vistas em todos os cantos do estádio.
A animação é justificável: esta é a primeira de suas turnês que o canadense traz ao Brasil. Ele já havia se apresentado por aqui duas vezes, mas em festivais nos quais dividiu os holofotes com outras atrações: no VillaMix Festival, em Goiânia, em 2018, e no Rock in Rio, em 2017.
Sob berros ensurdecedores, Shawn Mendes surgiu no palco do Allianz Parque logo após a banda mineira Lagum se encarregar do show de abertura.
A escolhida para começar a noite, pontualmente às 21h, foi a leve e dançante "Lost in Japan". "E aí, São Paulo", saudou ele.
No pout-pourri de hits de seus três álbuns de estúdio -"Handwritten" (2015), "Illuminate" (2016) e "Shawn Mendes" (2018)-, seguiram "There's Nothing Holdin' Me Back" e "Nervous".
"Eu tenho gratidão por vocês, muito obrigado. Thank you very much", disse, levando os fãs a se unirem em um coro de "Shawn, eu te amo".
Os coros, aliás, foram muitos e altos, às vezes até abafando a voz da atração da noite. A atmosfera só não parecia mais animada graças às cadeiras dispostas nas pistas (talvez para preenchê-las, já que nenhum dos shows esgotou), que seguraram alguns dos presentes nos assentos. Luzinhas coloridas que disparavam de braceletes entregues ao público ainda decoravam o estádio.
Em seguida, foi a vez de "Stitches", um de seus maiores sucessos, e "Señorita", cantada ao piano, que lhe garantiu recentemente o American Music Awards de melhor colaboração, ao lado da namorada Camila Cabello. Ela foi colada em "Mutual".
"Bad Reputation" e "Never Be Alone" precederam um cover intimista de "I Wanna Dance With Somebody", imortalizado na voz de Whitney Houston.
"Because I Had You", "Life of the Party", "Like to Be You", "Ruin", "Treat You Better", "Particular Taste", "Where Were You in the Morning" e "Fallin' All in You" foram as próximas.
De tempos em tempos, pausava para gritar "São Paulo" ou "eu te amo", elevando seu charme juvenil e sua pose de bom moço. Na parte final, pediu um pensamento para aqueles que protestam em defesa do meio ambiente. "Nossa juventude não vai ser tirada de nós", disse, antecipando "Youth".
Chegou então o single "If I Can't Have You". Depois ainda sobrou tempo para "Why", "Mercy" e um cover de "Fix You", dos britânicos do Coldplay.
"In My Blood" encerrou a noite. Mas amanhã tem mais.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta