Após episódios envolvendo duas sisters em que Petrix foi acusado de assédio sexual, a Polícia Civil do Rio de Janeiro abriu um procedimento para apurar o caso, segundo o jornal Estado de São Paulo. A iniciativa foi da Delegacia Especial de Atendimento à Mulher de Jacarepaguá, que tomou atitude depois que o comportamento do participante ganhou repercussão nacional.
"De acordo com a Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (DEAM) Jacarepaguá, diante dos fatos veiculados na mídia foi aberto procedimento para apurar os fatos", afirma a Polícia Civil em nota divulgada pelo jornal.
O brother foi acusado de assediar duas vezes Bianca Andrade, a Boca Rosa, e de roçar a genitália em Flayslane. Petrix recebeu a advertência no confessionário, mas a conversa não foi mostrada para o público. Também não ficou claro no que consiste essa punição. Depois, o ginasta pediu desculpas às sisters.
Além dele, outro que causou polêmica no BBB 20 foi Lucas, também acusado de assédio sexual após levantar toalha de Flayslane. "Você está pelada?", perguntou o brother antes de olhar por debaixo da toalha da sister neste sábado (1º). A participante falou e depois repetiu, em tom mais alto: "Não é da sua conta, Lucas".
Um vídeo da festa da madrugada desta quinta-feira (30) mostra Petrix esfregando o quadril em Boca Rosa durante um abraço. Em outro momento, o ginasta se aproximou de Flayslane quando eles estavam conversando na sala. Ele estava em pé, e ela sentada no chão.
O atleta, então, começou a rebolar na cabeça da participante com uma expressão que sugeria tesão.
Antes disso, Barbosa já tinha sido acusado por internautas de pegar nos seios de Boca Rosa durante a primeira festa do reality, que aconteceu na sexta-feira (24). O público, na ocasião, já pedia a expulsão do ginasta.
O apresentador Tiago Leifert mencionou a polêmica após a primeira festa. Boca Rosa foi chamada ao confessionário e questionada sobre os fatos, ela disse que se lembrava de ter dançado um xote com Petrix e que ele a abraçou no final da música. Após ser questionada se em algum momento havia se sentido incomodada com a abordagem do atleta, a blogueira foi categórica ao afirmar que não houve assédio, apenas uma tentativa do ginasta em animá-la.
Após o depoimento, a produção decidiu manter o ginasta no programa.
Em entrevista à colunista Fábia Oliveira, do jornal O Dia, a namorada do atleta, a modelo alemã Joline Heitmann, o defendeu. "Tudo que eu posso dizer é que sempre estarei esperando por ele. Não importa o que as pessoas digam, eu estarei ao lado dele. Eu o conheço melhor que a mim mesma e ele é a melhor pessoa que eu conheço. Isso não é assédio. É tudo que vou dizer."
Petrix já esteve do outro lado, e acusou o seu treinador de assédio. Em 2018, o ex-técnico da seleção brasileira de ginástica Fernando de Carvalho Lopes foi afastado de todas as atividades no Clube de Campo Mesc, após relatos de ginastas e ex-ginastas que o acusaram de abuso sexual.
Segundo reportagem do Fantástico, da TV Globo, 42 pessoas disseram ter sido vítimas de abuso físico, moral ou sexual pelo ex-treinador. A reportagem partiu de um comentário no Facebook feito pelo ginasta Petrix Barbosa, ouro nos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara, em 2011, indicando a ocorrência de casos de abuso na ginástica brasileira.
De acordo com a matéria, os casos ocorreram ao longo de 15 anos, entre 2001 e 2016, a maior parte deles no clube Mesc, onde Lopes trabalhava.
Petrix relatou ter sido vítima de tentativas de abuso quando tinha dez anos. Segundo o ginasta, que afirmou ser um dos que mais sofreram com as investidas de Lopes, o técnico tomava banho com ele e chegava a dormir na mesma cama. "Já acordei com ele, não sei quantas vezes, com a mão na minha calça e eu conseguia tirar e dormir porque eu não ficava parado."
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