SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Com câncer em estado terminal, Asa Branca, 57, deu uma entrevista comovente à Veja na qual mostrou arrependimento por ter construído sua carreira nos rodeios.
A revista acompanhou um encontro entre o músico Sérgio Reis e o ex-locutor, seu amigo de longa data, no pequeno apartamento em Guarulhos onde mora.
De pijama e com uma sonda na narina, Asa Branca recebeu há pouco menos de um mês a notícia do retorno de um tumor na garganta e na base da boca.
Devido ao histórico de saúde do ex-locutor ele é portador do vírus HIV e tem oito válvulas na cabeça, resultado de uma criptococose, os médicos disseram que cirurgia ou sessões de quimioterapia não são recomendadas.
Asa Branca está, portanto, sob cuidados paliativos e sem esperança de cura, sedado com remédios para amenizar sua dor.
Diante da situação, o ex-locutor disse em entrevista à publicação ter se arrependido dos rodeios que narrava e que acredita que a doença veio como uma punição por ter construído sua fama com base na controversa tradição.
"Estou pagando toda a dor que causei e incentivei os outros a causarem nos bichos dos rodeios", disse, debilitado. "Dos rodeios grandes aos pequenos, a festa era de alegria para o público, mas de dor e sofrimento para os bichos."
Na conversa, Asa Branca também admitiu se arrepender de ter gasto seu dinheiro de forma irresponsável pouco lhe sobrou da fortuna que fez com os rodeios. Mas se voltasse atrás, ele diz que teria ido a festas e namorado com diversas mulheres de novo. "Eu bancava para todos uísque, cocaína e prostitutas", disse o ex-locutor, que também lamenta seu vício na droga.
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