Na brincadeira, Ricardo Muri descobriu que tinha uma habilidade diferente – que, hoje, ele chama de “dom” ou “presente de Deus”.
Quando tinha mais ou menos seis anos de idade, jogava feijões na cozinha de casa, em Guarapari, com a mãe e, de repente, viu as sementes vibrando energias que eram, na verdade, respostas a perguntas que sua progenitora estava fazendo. Aos 9, o capixaba já lia tarot para vizinhos e conhecidos sem nem entender direito o que estava fazendo, mas lembra que as sensações sobre o que ele falava eram bastante claras.
“Minhas primeiras aparições foram de meu pai, quando eu tinha seis anos. Ele apareceu para mim depois de morto. E também vi meu avô, aos 9 anos, depois de morto. Minha mãe, no momento em que eu estava brincando com os feijões, viu alguma coisa ou percebeu, tanto que quem me deu o meu baralho cigano, na sequência, foi ela”, relata.
E não demorou muito para que o sucesso meteórico do budista surgisse tão do nada quanto seu dom se manifestou. Hoje, Muri já tem no currículo atendimentos de Lore Improta, Juliana Paes, Giulia Be, Andressa Suita, Wanessa Camargo e outras celebridades, que procuraram por seus serviços ao longo dos anos.
“Essa questão do mundo dos famosos, a pessoa que deu a explosão foi a Lore Improta. Tenho um carinho muito grande por ela, é uma grande amiga, uma pessoa que aprendi muito e que é muito linda a relação que nós temos. E a experiência de atender um famoso foi engraçada, porque eu sempre olhava para essas pessoas e achava que não tinha acesso. A primeira vez que falei com Juliana Paes meu coração disparou (risos). Eu só tremia. Hoje já é bem tranquilo”, pondera.
Morador de Brasília desde seus 19 anos, atualmente o capixaba se dedica aos estudos holísticos e quer empreender mais ainda na área. À Gazeta, diz que quer abrir um centro espiritual no Espírito Santo e detalha os estudos na área da astrologia em que está empenhado.
Durante o bate-papo, Muri também explicou sobre seu trabalho nos últimos anos e lamentou que ainda existam pessoas que “não reconhecem a astrologia com seu devido valor”, como ele mesmo diz.
Eu morava em Guarapari, com a minha mãe. Na verdade, minha mãe começou num domingo a fazer almoço pra gente. Eu estava separando o feijão e, de repente, minha mãe fazia uma pergunta e eu respondia pelo feijão. Foi como se fosse uma brincadeira, algo solto, e minha mãe, naquele momento, viu alguma coisa. Depois, ela me dá um baralho cigano nessa sequência. Minhas primeiras aparições foram com meu pai, quando eu tinha 6 anos. Ele apareceu para mim depois de morto. E também vi meu avô, aos 9 anos, depois de morto.
Quando comecei a jogar baralho cigano, eu tinha 9 anos de idade. Para mim, era uma brincadeira. As pessoas me faziam perguntas e aquilo ali vinha como uma intuição. Só que aquilo vinha, eu sentia umas coisas na carta, e falava. Só que falava sem filtro naquela época. Eu falava, as pessoas iam tomando conhecimento da situação e vendo que aquilo ia acontecendo na vida delas. E não tive ninguém que me ensinou, ninguém próximo.
Essa questão do mal-estar físico... No momento que o tarô começou a crescer, a carga energética das pessoas eu absorvia, sugava aquela energia. Então esses enjoos davam muito, muita diarreia, aquilo dali me fazia mal. Eu achava que eu era uma criança doente. Naquela época, nem sabia que energia existia, eu só sabia que eu tinha aquelas coisas. Lá na frente, depois de anos que eu deduzi que aquilo era energia ruim das pessoas.
Eu sigo Cristo. Todo o conhecimento cristão, eu leio a Bíblia. Meu conhecimento hoje é esse, divino, de Deus, para nossas vidas. Hoje eu sou budista, mas pela pandemia não estou conseguindo frequentar tantos templos hoje. Mas eu sou holístico. Frequento a católica, evangélica, união vegetal... Entre várias outras. Eu sempre busco esse conhecimento espiritual.
Eu me mudei do Espírito Santo aos 19 anos para Brasília. Desde os 14 anos, eu tinha essa coisa de Brasília, porque eu sempre quis ser diplomata.
Essa questão do mundo dos famosos, a pessoa que deu a explosão, foi a Lore Improta. Tenho um carinho muito grande por ela, é uma grande amiga, uma pessoa que aprendi muito e que foi muito linda a relação que nós temos. E a experiência de atender um famoso foi engraçada, porque eu sempre olhava para essas pessoas e achava que não tinha acesso. A primeira vez que falei com Juliana Paes, meu coração disparou (risos). Eu só tremia. Hoje já é bem tranquilo. Mas algumas celebridades que atendo são Giulia Be, Andressa Suita, campeões de MMA, Wanessa Camargo, Marcus Buaiz... São várias celebridades, mas também atendo grandes empresários e alguns políticos.
A quiromancia é uma ciência milenar, de fato. Eu acredito muito que não é 2021 que esse seja o maior desafio. O ser humano gosta de contestar. Com o passar do tempo, acho que as pessoas vão ver o quanto a astrologia pode transformar a nossa vida, as pessoas vendo o quanto a astrologia faz sentido, acho que só assim as pessoas vão mudar a visão delas sobre a astrologia.
Esses grandes gurus, como a Marcia Fernandes, Walter Mercado, acho que eles ajudam a mostrar a seriedade da coisa, esse lado da astrologia e do espiritismo que é feito de forma bem séria e responsável. Inclusive, eu assisti ao documentário do Walter Mercado. É uma história muito linda. O astrólogo mais famoso do mundo todo, que explodiu em todas as potências mundiais. Mas eu fico muito feliz com essa repercussão. Para mim, um dos espíritas mais lindos que o Brasil já teve foi o nosso Chico Xavier. Ele foi uma grande luz que pisou na Terra e nós tivemos a sorte de ele ter sido brasileiro.
Eu não estou livre de problema. Eu sou muito grato a Deus por algo que transforma a vida das pessoas, faz com que as pessoas fiquem mais próximas. Mas com certeza tenho muitas coisas que tenho que melhorar em mim, sempre busco estar com pessoas que eu possa aprender, crescer, evoluir... Inclusive, eu sou muito apaixonado por estar próximo de pessoas que me digam a verdade do que preciso melhorar. Busco o tempo inteiro ser melhor como filho de Deus e estou nessa jornada. A cada momento.
O que eu mais gosto é poder servir as pessoas, ver uma pessoa ser transformada, uma pessoa casando com quem ela ama, deixar uma pessoa mais feliz... Isso me dá um prazer, uma alegria... É o que me motiva a acordar todos os dias e fazer isso. E o que eu menos gosto... Olha, eu diria que amo o que eu faço! Não tem nada que eu não goste hoje em dia. Acho que só têm coisas que tenho que aprender, resolver dentro de mim. Talvez o que eu não gosto é as pessoas não darem tanta credibilidade à astrologia, pronto.
Eu nunca vou parar de estudar. Hoje eu busco seguir o mesmo norte dos astrólogos que eu acredito que são os melhores, um americano e um casal de ingleses. Eu quero finalizar o curso que estou fazendo hoje em Londres, finalizar meu PhD em astrologia e tudo isso até ver uma grande universidade ensinando essa ciência milenar. Eu quero ir a ponto de ter um conhecimento muito técnico dessa ciência. Porque o dom é algo divino, algo que Deus me deu para minha vida. Mas sinto que tenho que ir a fundo no conhecimento, na técnica, e eu vou.
Quero fazer um curso para transformar as pessoas, quero ver as pessoas sendo próximas e se transformando pela astrologia. Hoje nós caminhamos para nova geração do ser humano, para a nova raça humana, a sétima geração de Deus, a geração mais perfeita. Muitos já estão encarnados na Terra. E tenho como objetivo ver essas pessoas distribuindo luz na Terra. E quero também criar um centro espiritual para as pessoas apresentarem o que elas têm de melhor. Para trabalharmos mais a bondade, mais o perdão, menos o julgamento.
Eu vou ao Espírito Santo sempre. Meus pais moram aí e sempre busco passar Natal e essas datas comemorativas com a minha família. Sou nascido em Mimoso do Sul, vivi em Guarapari muito anos e pretendo sempre visitar, sim. Mas pretendo um dia ter algo no Espírito Santo relacionado à espiritualidade para me fazer ir com mais frequência. Mas eu não me vejo mais morando aí.
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