Drauzio Varella decidiu ir à web publicar um posicionamento em torno de sua reportagem exibida no "Fantástico", da Globo, em referência à detenta trans Susy de Oliveira. Ela foi a presidiária abraçada pelo médico durante a matéria, que fo ao ar no dia 1º de março.
O médico esclareceu que há décadas atua como voluntário em penitenciárias por todo o Brasil e emocionou a web com sua abordagem sensível ao tema durante a matéria do programa da Globo.
Durante a entrevista, a presa Susy disse que não recebia visitas há oito anos na prisão e, após isso, recebeu mais de 230 cartas de telespectadores do País inteiro, inclusive do Espírito Santo, de acordo com a Secretaria de Administração Penitenciária de São Paulo.
O pronunciamento de Drauzio veio depois de o deputado estadual Douglas Garcia (PSL-SP) divulgar documentos judiciais que apontam que Susy foi condenada pelo homicídio de uma criança de nove anos de idade.
"Há mais de 30 anos, frequento presídios, onde trato da saúde de detentos e detentas. Em todos os lugares em que pratico a Medicina, seja no meu consultório ou nas penitenciárias, não pergunto sobre o que meus pacientes possam ter feito de errado. Sigo essa conduta para que meu julgamento pessoal não me impeça de cumprir o juramento que fiz ao me tornar médico", começou o médico.
Em seguida, continuou: ""No meu trabalho na televisão, sigo os mesmos princípios. No caso da reportagem veiculada pelo Fantástico na semana passada (1º/3), não perguntei nada a respeito dos delitos cometidos pelas entrevistadas. Sou médico, não juiz".
Ao Uol, a advogada de Susy, a criminalista Bruna Paz de Castro, afirmou que só se pronunciará após conversar com sua cliente a respeito do assunto.
A Globo, por sua vez, questionada pela reportagem, diz que apoia a divulgação da nota divulgada por Drauzio.
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