A atriz Eva Wilma, 87, recebeu alta da UTI do Hospital Vila Nova Star, em São Paulo, nesta terça (19). Segundo boletim médico, ela está consciente, "mantendo estabilidade hemodinâmica e vem apresentando evolução clínica satisfatória nos últimos dias".
Ela havia sido internada na UTI do hospital no último dia 7 para tratar uma pneumonia. Segundo informado anteriormente, exames descartaram que ela tivesse contraído o novo coronavírus. Eva Wilma seguirá internada no apartamento "para otimização de parâmetros clínicos".
Em uma série de entrevistas para homenagear os 70 anos da televisão brasileira, completados em 18 de setembro, Pedro Bial conversou com a atriz. Uma das histórias que chamou mais a atenção foi a não escalação para um filme do cineasta Alfred Hitchcock.
Wilma relembrou que estava com o marido almoçando nos estúdios da Universal Pictures, em 1969, quando um agente se aproxima dela. "Ele veio me perguntar se poderia me fotografar, pois Hitchcock estava procurando uma atriz latino-americana para fazer o papel de uma cubana em um filme muito importante."
Ela afirmou que se deixou ser fotografada e retornou ao Brasil. Passados alguns meses, uma pessoa entrou em contato para convidá-la para participar do teste: "Fui para Hollywood no dia seguinte". Wilma recorda que Hitchcock tinha uma casa só para ele nos estúdios e que "parecia mais uma casa de filme de terror mesmo".
Depois de três meses, a atriz diz que foi escolhida uma alemã [Karin Dor] para o papel da cubana. "O meu consolo, também, digo para me conformar, é que 'Topázio' [1969] não foi um dos bons filmes de Hitchcock. Eu assisti e falei: 'Esse papel não era para mim'. Mas era para me conformar, porque eu queria ter feito."
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