Uma das maiores vantagens que os atuais participantes do Big Brother Brasil enxergam é sair da casa mais vigiada do País com centenas de milhares de seguidores nas redes sociais. Mas, como dizem, a fama tem um preço – e é verdade. Karol Conká, por exemplo, até tenta, mas depois de ser rejeitada por 99,17% dos espectadores do reality da Globo vai ser difícil refazer a imagem pública dela para retomar a carreira à forma como era. A mesma coisa a psicóloga Lumena, eliminada da última semana no paredão contra o capixaba Arthur Picoli e Projota.
Fato é, caro leitor, que o “BBB” não é para amadores. Desde a última edição, ex-participantes do reality vão à web falar do quanto a dinâmica do jogo mudou (principalmente com a popularização da internet no Brasil) e do quanto isso pode ser prejudicial para a imagem deles fora do programa. Principalmente se você tem uma carreira solidificada no mercado, como avalia o ex-BBB e médico Wesley Schunk, representante do Espírito Santo do “BBB 11”.
“Com certeza eu não toparia participar de novo. Ainda mais agora. Principalmente porque depois que saí de lá, constitui uma família, sou casado, solidifiquei minha carreira como médico... E a gente sabe como são levados os momentos lá dentro hoje em dia, como é o cancelamento da internet. Não participaria de novo”, opina.
Ele é um dos três brothers do Estado que falaram com A Gazeta sobre o atual cenário do “BBB 21” e todos responderam à pergunta: “Você participaria, por uma segunda vez, do reality?”. André Martinelli, do “BBB 13”, já entrou na casa pela segunda vez, mas também diz que aceitaria o convite de Boninho para a terceira entrada nos Estúdios Globo.
Para quem não lembra, no “BBB 20”, André participou de uma ação de moda dentro do Projac. Na ocasião, como publicou a Coluna Pedro Permuy, de A Gazeta, o modelo foi um dos escolhidos para desfilar ao lado de outros ex-confinados, como Lucas Fernandes e Kaysar Dadour. “Aquele dia foi nostalgia pura e participar de novo, como jogador, é um caso a se pensar”, começa.
E continua: “Hoje trabalho com algumas marcas de forma fixa, teria que ver os contratos. Mas o ‘BBB’ foi por onde comecei e com certeza, sim, participaria de novo como confinado. Eu encaro o desafio, gosto disso. Seja ‘BBB’, Iron Man, maratona... (Risos). Mas só entraria depois de montar uma equipe boa aqui fora”.
Essa é a assessoria que Wesley, por exemplo, avalia que pode ter faltado para os participantes desta edição, que confinou além do capixaba Arthur, o educador físico de Vila Velha Arcrebiano Araújo, que já foi eliminada da atração. Para o médico, a seriedade dos assuntos que têm sido levantados pelos brothers dentro da casa também acaba pesando o ambiente.
“Essa edição está pesada, sim. Principalmente pelos assuntos que eles foram levantando, pelas bandeiras. Racismo, sexualidade, pressão psicológica, xenofobia... Torna tudo mais pesado para eles, lá dentro, e para a gente, aqui de fora. E para as famílias, claro. Acho que essas pessoas, que levantam essas questões, têm que ir saindo aos poucos, como vem acontecendo”, diz, indicando que as eliminações de Karol Conká, Nego Di e Lumena são um bom começo.
Por outro lado, essas manifestações mais “agressivas” do comportamento dão margem para os brothers se sentirem mais eles mesmos, como discussões na internet têm apontado. Não que isso seja bom, do ponto de vista da impressão que essas atitudes passam para o público. Mas que dão liberdade, dão. Que é exatamente o que defende Rafael Licks, representante do Espírito Santo no “BBB 15”.
Apesar de não ter nascido no Estado (ele é do Rio Grande do Sul), ele morou grande parte da vida em Vitória e se inscreveu para o programa via Espírito Santo. Sobre o comportamento dos confinados, Rafael anda em bastante concordância com o que os “conterrâneos” enxergam do jogo atual.
Sobre uma nova participação, opina: “Eu ficaria muito seguro, hoje, de ser o verdadeiro Rafael. Hoje é muito diferente da edição de 2015. Agora são novas ideias, sou mais maduro, com leitura de mundo totalmente diferente da que tinha com 21 anos. Seria até uma oportunidade de me apresentar mais para o público. Estou com projetos novos e, por exemplo, ia ser ótimo estar na casa para apresentar todas essas novidades”.
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