O ator Flávio Migliaccio, encontrado morto na última segunda-feira (4), aos 85 anos, morreu sem receber a indenização de uma ação que ele movia há mais de 20 anos contra a TVE. Segundo seu advogado, Sylvio Guerra, ele já tinha ganho, mas o valor ainda seria definido por um perito.
Com a morte do ator, a Acerp (Associação de Comunicação Educativa Roquete Pinto), que sucedeu a extinta TVE no processo, entrou com um pedido de suspensão da ação. A informação foi dada pela coluna Fábia Oliveira, do jornal O Dia, e confirmada à reportagem pelo advogado do ator.
Segundo Guerra, o pedido de suspensão foi feito "mesmo antes de Flávio ser sepultado" e solicita a apresentação de um sucessor do ator no processo, que será seu filho, Marcelo Migliaccio. "Enquanto o perito apura o valor da ação, que o Flávio já ganhou, eu habilitarei seu filho único na qualidade de sucessor."
O processo, que corre na 14ª Vara Cível do Rio de Janeiro, garantiu o direito de Migliaccio ser indenizado pela destruição das fitas de rolo que continham os mais de 400 capítulos da série "Tio Maneco", interpretado por ele na TVE, segundo a coluna Fábia Oliveira, além de uma indenização por danos morais.
Migliaccio foi encontrado morto em seu sítio em Rio Bonito, no estado do Rio de Janeiro. A morte foi confirmada como suicídio por seu único filho, Marcelo, segundo quem o pai estava em depressão profunda desde o ano passado.
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