Relembrando histórias da juventude, o músico Roberto Menescal prestou sua homenagem ao amigo Carlos Lindenberg Filho, o Cariê, que faleceu na madrugada desta terça-feira (06), em decorrência de complicações causadas por uma pneumonia. Juntos, eles viveram muitas experiências, que incluem até o surgimento da bossa nova e a chegada do movimento ao Espírito Santo. O músico contabiliza 68 anos de amizade, que, segundo Menescal, não ainda não terminou.
Nas redes sociais, Menescal deu mais detalhes desta amizade. "Nos conhecemos novinhos. Ele nasceu no Rio e foi para Vitória (ES), eu nasci em Vitória e fui novo para o Rio. Mas passávamos as férias juntos em Vitória e nossa amizade sempre foi grande, mesmo morando longe. Na verdade, ele sempre morou no meu coração e eu no dele, e assim vai continuar sendo", escreveu o músico em seu Instagram, acrescentando: "Tenho certeza de que o céu está em festa para o receber!"
Em vídeo enviado exclusivamente para A Gazeta, Menescal falou sobre o envolvimento dos dois com a Bossa Nova e os momentos divertidos que passavam juntos.
"Nos conhecemos com uns 15 anos de idade. Passava férias todos os anos lá (em Vitória) e a gente tinha uma turminha de praia. Como ele bem dizia: 'Eu jogava futebol muito mal, mas me divertia com os amigos'. É o que acontecia comigo também. Fomos amigos até o final e seremos amigos algum dia, temos muita coisa para conversar", iniciou o músico em vídeo.
"A gente só pode agradecer a vida, o que ela nos deu e o que vai nos dar ainda, porque vamos nos encontrar, certamente, daqui a pouco. Olha, essa turma de cima está com o palco armado para recebê-lo. E ele vai encontrar um grupo de artistas muito melhor lá do que aqui. A turma que partiu antes e está esperando por ele certamente vai fazer uma grande recepção. Tomara que ele possa nos contar isso. Torço muito por ele", disse o capixaba, que logo cedo se mudou para o Rio mas sempre voltava para a terra-natal.
E os encontros também aconteciam no Rio de Janeiro, quando a bossa nova era criada e Cariê participava de algumas rodas com outros nomes como Sylvinha Telles, Tom Jobim, Maysa. Para Menescal, Carlos sempre será o "samba-canção".
"Cariê sempre foi uma pessoa que soube viver muito bem, com muita alegria e muita paixão pela vida, pela música. Era o nosso cantor de samba-canção. Quando comecei a tocar violão, com 17 anos, Cariê era o cantor da turma. É sempre apaixonado, tomando umas e outras, como eu também", declara o músico.
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