A influenciadora fitness Gabriela Pugliesi, 33, pode ter tido prejuízo de R$ 3 milhões com as quebras de contratos publicitários ao promover uma festa, em meio à pandemia do novo coronavírus no dia 25 de abril. A estimativa é resultado de um levantamento realizado pela empresa BRUNCH, agência full service que gerencia a carreira de influenciadores digitais a pedido da revista Forbes.
Ainda segundo a empresa, as quebras de contrato podem configurar, inclusive, pagamento de multas. A influenciadora perdeu mais de cinco contratos publicitários, com marcas como Grupo Hope, Mais Pura, Desinchá, Liv Up e Fazendo Fututo. A Kopenhagen declarou não concordar com a postura de Pugliesi e informou que o contrato com ela era pontual e foi encerrado em março, sem intenção de renovação.
Com 4,4 milhões de seguidores, Pugliesi recebeu uma enxurrada de críticas de anônimos e famosos por promover uma reunião entre amigos em meio à pandemia do novo coronavírus. A ex-BBB Mari Gonzalez era uma das convidadas. Após a grande repercussão negativa, ela chegou a pedir desculpas e declarou estar arrependida. Ela também desativou a sua conta no Instagram.
De acordo com a revista Forbes, a metodologia de precificação usada pela agência leva em conta alguns aspectos para chegar ao valor médio de um post: custos de produção (quanto custou produzir o conteúdo), uso de imagem (quanto custa liberar o uso de imagem para a marca) e distribuição (quanto custa postar o conteúdo para a audiência da influenciadora).
Por meio dessa fórmula, diz a publicação, a agência concluiu que os posts da influencer no feed, com apenas uma foto, não saem por menos de R$ 17 mil. Já no stories, o valor seria de R$ 21 mil (uma entrega de, aproximadamente, três postagens, que virou praxe no mercado).
"Como Gabriela tirou o perfil do ar, não foi possível saber qual foi a entrega de cada trabalho. Por isso, a conta foi feita levando em consideração os contratos que normalmente as marcas grandes costumam fechar: um post no feed e uma sequência de três stories por mês em contratos trimestrais", explica Ana Paula Passarelli, cofundadora da BRUNCH, à revista Forbes.
Tatá Werneck, 36, foi uma das celebridades que criticou Pugliesi: "Eu acho que essa atitude, ainda mais para o monte de gente que te segue e se inspira na sua vida saudável, foi inadmissível", afirmou a humorista, lembrando que a influenciadora já teve o novo coronavírus e, por isso, está teoricamente imune.
Pugliesi confirmou que contraiu o novo coronavírus em março, após a festa de casamento de sua irmã na Bahia. Vários convidados apresentaram sintomas depois do evento, inclusive a cantora Preta Gil, 45, e a influenciadora Shantal Verdelho e seu filho, Filippo, de apenas um ano.
Mestre em direito penal pela Universidade de São Paulo e professora na pós-graduação da Universidade Presbiteriana Mackenzie e comentarista da CNN Brasil, Gabriela Prioli, 33, precisou se explicar através das suas redes sociais por ter sido confundida com Gabriela Pugliesi. "Pessoal, apenas pra deixar claro. Sou Gabriela, meu sobrenome começa com a letra "P", mas não fui eu quem deu uma festa", escreveu Prioli, em seu Twitter.
Não foi só Gabriela Pugliesi que perdeu contratos e foi criticada por fazer uma festa em sua casa durante a quarentena. A influenciadora digital Mariana Saad, 24, também já sente os prejuízos comerciais por participar do encontro. Após se questionada por dezenas de internautas, a Seara anunciou, por meio de suas redes sociais, que rompeu a parceria comercial que tinha com Saad. No Instagram, a influenciadora de beleza tem 3,5 milhões de seguidores.
"Nós da Seara fomos surpreendidos com a presença da influenciadora Mariana Saad, com quem desenvolvemos alguns trabalhos pontuais de divulgação das nossas ações, em uma festa, e ficamos extremamente desapontados pelo seu comportamento inadequado. Por conta deste lamentável ocorrido, a marca está rompendo toda e qualquer relação profissional atual e futura com a influenciadora", disse a empresa.
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